Comportamentos de risco entre jovens e adultos
Todo conteúdo de informações e imagens aqui publicados, quanto as suas origens, são de responsabilidade do colunista
Nesta semana o tema abordado serão os chamados comportamentos de risco e por que os cometemos. Mas, o que são esses comportamentos?
Assim como o nome sugere são aqueles os quais as pessoas cometem sem considerar as consequências ou sua seguridade, ou seja, agem por impulso. Assim, se expõem a situações de perigo. Estes costumam ser comuns na adolescência, porém podem aparecer em outros períodos da vida, como infância ou vida adulta.
E alguns dos tipos de comportamentos de risco são: abuso de substâncias como álcool e drogas, abuso de medicação, alimentação altamente restritiva, dificuldades escolares, prática inadequada de atividades físicas, conduta antissocial, irresponsabilidade ao dirigir, surtos de raiva, comportamento sexual de risco, comportamentos suicidas, entre outros.
Embora em alguns momentos exista a necessidade de se enfrentar riscos durante a vida, o fazer apenas pelo prazer e sem medir as consequências é algo sintomático. Há uma diferença entre se desafiar a sair da sua zona de conforto e tomar uma ação que coloque a sua vida ou a de outro em risco. Mas para a pessoa que segue a lógica do impulso e do prazer, essa diferença não é vista.
Pesquisas recentes indicam que há um maior índice de comportamentos de risco entre jovens que: foram negligenciados, que vivem em ambientes de violência doméstica ou que têm contato com as drogas em seu período formativo.
Ademais, a adoção de comportamentos de risco desde a juventude pode trazer riscos para o desenvolvimento do indivíduo, pois podem afetar a capacidade e autonomia de tomar decisões a curto, médio e longo prazo.
Para a psicanálise, aqueles que sofreram traumas e não foram acolhidos em seu período formativo, buscam formas de “testar o novo ambiente” com esses comportamentos de risco. Seja esse ambiente: a família, amigos ou as leis. Para ver até onde eles poderão ser acolhidos e amados agora.
Isso nos mostra que ao se ter uma pessoa demonstrando esses comportamentos é necessária a atenção profissional. Além de uma abordagem de afeto e não de exclusão. Pois, ao excluir e não acolher o indivíduo em sofrimento, apenas irá se fazer com que ele reviva o trauma do não acolhimento novamente e intensifique os comportamentos de risco ainda mais.
Matheus Wada Santos
CRP 06/168009
@psi_matheuswada
(16)99629-6663