Dezembro Vermelho
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Há mais de 40 anos, no início da epidemia de AIDS, diante do “desconhecido”, e entendendo-se o HIV e AIDS como tal, a sociedade produziu representações apoiadas na ideia de doença contagiosa, incurável e mortal, se voltando ao conceito de “peste”, cujo significado representava uma ameaça extrema à sociedade. Dessa maneira, o surgimento da AIDS e do HIV mobilizou sentimentos e preconceitos tornando-se um grande estigma.
Daí a importância do dia 1º de dezembro, o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. E, também do mês em que, na área da saúde, as autoridades juntam seus esforços para realizar ações de conscientização e combate contra o preconceito sobre o vírus do HIV, que é o causador da AIDS. Essas ações de conscientização envolvem atividades de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos de pessoas que vivem tanto com HIV quanto com AIDS, assim como de outras ISTs.
Apesar de muitas vezes serem usados como sinônimos, o HIV e a AIDS são diferentes. O HIV é o vírus que causa a imunodeficiência humana. Enquanto a AIDS, ocorre quando uma pessoa contrai o vírus do HIV e não trata sua condição com os antirretrovirais (ARV).
Ademais, o HIV é transmitido apenas através de relações sexuais desprotegidas com pessoas portadoras do vírus (e que não sejam indetectáveis); através do contato com o sangue dessas pessoas com objetos perfuro-cortantes (como agulhas ou facas); e filhos de mães soropositivas.
Ao falarmos de formas de prevenção, se incentiva o uso de preservativos, da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e o PEP (Profilaxia Pós-Exposição), e de campanhas informativas e preventivas. Há também o autoteste de HIV, que usa fluido oral e fica pronto em apenas 20 minutos. E o teste feito por profissionais da saúde feito com a coleta de sangue. Já sobre tratamentos pós-infecção, temos o TTP (Tratamento Para Todas as Pessoas). Todos são fornecidos de forma gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Por fim, ressalta-se que o mês e as informações se fazem importantes para jogar-se luz nesse assunto que ainda é por muitas vezes tratado como um estigma, como uma doença assassina. E mostrar que é possível ter o HIV e se ter uma boa qualidade de vida e que essas pessoas merecem respeito e espaço na sociedade. E que seus direitos e saúde também são válidos.
Matheus Wada Santos
CRP 06/168009
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