Identificando as pequenas ansiedades no dia a dia
Através da psicoterapia é possível a aplicação de técnicas mais específicas para lidar com os sintomas físicos e mentais da ansiedade
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Quando se fala sobre ansiedade, é normal que se pense imediatamente em cenários que deixam as pessoas comumente receosas, tal qual se apresentar na frente de uma multidão ou lidar com questões no trabalho. E esse texto é sobre a importância de reconhecer esses momentos e lidar com os mesmos.
Muitas vezes, estes episódios são descartados por serem entendidos como algo que vai se repetir sempre e, portanto, não merecem resolução. Por exemplo: uma pessoa que tem receio de se apresentar em frente a outros, mas trabalha como palestrante.
Então, o indivíduo teria que enfrentar e lidar com essa ansiedade quase que diariamente. E buscar uma solução. Porém, e se não o faz? E se, sempre que alguém sente uma “ansiedadezinha”, decide ignorar isso?
Nesses cenários, estas pequenas ansiedades, suas energias psíquicas e seus sintomas físicos vão se acumulando na pessoa que as sente. O que, de início, pode não parecer um grande problema. Isso é, até que que ocorra uma sobrecarga, dado que, ao falar de ansiedade se fala sobre um quadro de saúde mental que tem sintomas muito sérios. Dentre os físicos: dores no peito, pescoço e face, contrações musculares, paralisia temporária, mudança na pressão, suadouro, dor de cabeça, problemas intestinais, falta de ar, tontura, calafrios, náusea, vômito, desmaio, crises de ansiedade e pânico.
Além, claro, dos sintomas psíquicos: sentir que não é capaz de realizar tarefas, que seu corpo não é seu, ou que esse está desproporcional em peso e forma a realidade, medo exagerado, insônia, pensamentos muito acelerados, confusão mental, confusão da realidade, compulsões comportamentais e alimentares, medo de se relacionar ou sair em público.
Portanto, lidar com essas dificuldades antes que passem a sufocar o indivíduo é necessário. Para isso, convém que a pessoa esteja atenta às situações do dia a dia que trazem incômodos iniciais como: boca seca ou suadouro no momento da atividade, muita preocupação sobre a mesma, pensamentos catastróficos sobre o que se está fazendo, inquietude, irritabilidade ou perda de sono pensando naquilo.
Em casos bem iniciais, algumas técnicas podem ajudar: como controle da respiração, relaxamento muscular e mudança de foco para atividades que podem ser controladas no momento.
No entanto, se há um incômodo e ansiedade está além do suportável, o ideal é a busca da ajuda de um profissional capacitado, um psicólogo.
Porque através da psicoterapia é possível a aplicação de técnicas mais específicas para lidar com os sintomas físicos e mentais da ansiedade, melhor identificar o que a está causando e elaborar essas situações, lidando assim com o quadro ansioso. E impedindo que esse se torne algo mais sério.
Psicólogo Matheus Wada Santos (CRP 06/168009)
Psicanalista especializado em gênero e sexualidade
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