O ano acabou. E você sabe o que fez?
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No último domingo do ano de 2024, em clima de comemoração e de relembrar o que já se foi, cabe um último questionamento. Você, que está lendo a coluna, é capaz de perceber o caminho que trilhou ao longo do ano?
É normal que na correria do dia a dia, muitas pessoas não se façam conscientes dos seus avanços e conquistas. E dessa forma, suas melhoras sejam jogadas para um plano de fundo da memória.
O que muitas vezes, não só resulta em um desânimo, acompanhado de sentimentos de “tempo desperdiçado”, como também traz à tona uma sensação de derrota. Fazendo com que se queira realizar coisas em excesso no começo do ano seguinte.
Este é o perigoso campo das “resoluções de ano novo”. Que, muitas vezes são inúmeras e até mesmo improváveis. Ocasionando mais em frustração do que em atividade.
Para evitar esse cenário, cabe lembrar da importância do planejamento. E de se fazer consciente desse.
Pois, uma vez que objetivos de curto, então médio e depois longo prazo, são estabelecidos de uma forma real e possível, dentro do tempo e meios adequados, uma meta ou plano podem ser completados adequadamente.
Além disso, ao se fazer e catalogar este processo, é muito mais fácil trilhar o caminho inverso. Ou seja, avaliar as suas conquistas já registradas e conscientes.
A título de exemplo: usar uma agenda para estabelecer objetivos que precisam ser cumpridos ao longo dos meses, para que ao fim do ano se possa fazer a análise do quanto se evoluiu naquele quesito.
Outras técnicas que podem auxiliar nessa tarefa de memória e percepção de crescimentos pessoais ao longo do ano, são: ver fotos de diferentes datas passadas; fazer um exercício de escrita para pensar sobre uma questão específica; ler diários antigos em ordem cronológica; encontrar-se com amigos e relembrar alguns momentos de superação; ou até mesmo se preparar para doar coisas que foram usadas ao longo do ano.
Porque essas atividades podem parecer simples. No entanto, têm um significado psíquico importantíssimo. Que é o de se estar preparado para aceitar a passagem do tempo, as mudanças que ali ocorreram e em última instância, de aceitar que não se é mais a pessoa que estava estagnada.
Pensando nisso, se ressalta a importância da terapia com um psicólogo. Porque com esse auxílio, a pessoa pode mais facilmente estruturar seus objetivos, lidar com ansiedades e frustrações sobre seus planos, se fazer mais consciente de suas melhoras e enfrentar as angústias que acompanham os sentimentos de estagnação.
Psicólogo Matheus Wada Santos (CRP 06/168009)
Psicanalista especializado em gênero e sexualidade
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