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O TEA (Transtorno do Espectro Autista) e a dinâmica familiar

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28/04/2024 05h03 - Atualizado há 7 meses Publicado por: Redação
O TEA (Transtorno do Espectro Autista) e a dinâmica familiar

Na última semana do “Abril Azul” será falado na coluna sobre como o TEA altera a dinâmica familiar da pessoa autista. Família esta que é fundamental no processo de formação e crescimento do autista e que também forma sua rede de cuidado.

Quando se fala sobre o TEA, se discute sobre um diagnóstico que afeta toda uma rede de apoio. O que inclui, principalmente, pais e cuidadores.

Pois é a esse cuidador(a) que cabe o papel de promover independência, afeto, necessidades básicas e escuta da pessoa com TEA. No entanto, esse cuidado demanda mudanças de hábito, de rotina, financeira e de relações sociais e profissionais específicas.

O que pode ser geradores de estresse para a família. E resultar em sobrecargas físicas, emocionais, e até mesmo em transtornos para os cuidadores, como ansiedade e depressão, por exemplo.

Nesse sentido, pesquisas recentes evidenciam que o nível de estresse sentido pela família, costumeiramente varia de acordo com a gravidade dos sintomas do TEA. Sendo que nos casos de suporte 1 ou 2 a adaptação ao diagnóstico costuma ser mais rápida e menos estressante.

Isso porque o TEA possui especificidades que podem levar a um prejuízo na saúde mental da família, como: baixa interação social, dificuldade de relacionamentos e questões comportamentais. Resultando em estresses em virtude dos cuidados diários.

Ademais, com o aumento no nível de estresse pós-diagnóstico, há um impacto na qualidade e no modo de vida familiar. Nesses casos, os estudos também demonstram que as mães ou mulheres cuidadoras são as que sofrem maior sobrecarga emocional e de trabalho.

Isso porque, geralmente, são as responsáveis pelos cuidados diários da pessoa com TEA. E, em muitos casos, chegam a abandonar suas carreiras profissionais e fonte de renda primária para focar no cuidado desta.

Além disso, também é comprovada a importância de programas de treinamento para pais. Nestes, é possível aprender técnicas para melhor lidar com situações que surgem no dia-a-dia da pessoa com TEA e a troca de experiências com o outro. O que pode, por exemplo, reduzir o nível de estresse dos cuidadores.

Isso tudo evidencia a importância do apoio psicológico (através da terapia) nesses casos não só para a pessoa com TEA, mas também para os cuidadores desta. Pois assim é possível adquirir uma melhor qualidade de vida e melhor lidar com estresse e desafios que surgem neste momento tão importante. Além de promover uma melhor aceitação e entendimento sobre o TEA.

 

Matheus Wada Santos (CRP 06/168009)

Redes: @psi_matheuswada

Telefone: (16)99629-6663

Email: [email protected]

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