O TEA (Transtorno do Espectro Autista) e o Abril Azul
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O mês de abril é marcado pela campanha de conscientização do TEA (Transtorno do Espectro Autista), o “Abril Azul”. E busca reduzir a discriminação e o preconceito que o cercam.
O TEA se refere a uma série de condições caracterizadas por desafios com habilidades sociais e padrões restritos e/ou repetitivos de comportamento. Foi somente em 1993 que o autismo passou a existir na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde (CID-OMS). E foi em 2008 que o dia 2 de abril foi instituído pela ONU como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. Ou seja, os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o risco de TEA em pessoas geneticamente predispostas. Ademais, sabe-se que vacinas não são fatores de risco para o desenvolvimento do TEA.
Existem 3 grandes objetivos de conscientização com a campanha. Primeiro o fato de que o aumento do número de diagnósticos de autismo, com importantes mudanças nos critérios de diagnóstico e com a incorporação de vários transtornos ao TEA (Transtorno do Espectro Autista), leva à inclusão de uma maior parcela da população nessa classificação.
Segundo que, com o aumento do número de diagnósticos, veio a maior oferta de tratamentos de diversos setores (não necessariamente capacitados). E terceiro, a comercialização do autismo nos setores que leva a uma vulnerabilidade cada vez maior dos autistas e de seus pais.
Isso resulta em uma situação de desamparo que tem levado famílias e escolas a circularem de forma desorganizada entre intervenções, tratamentos, medicações e profissionais. Além de uma mistura de técnicas científicas com crenças religiosas mescladas com modismos que se proliferam a partir das redes sociais.
No entanto é importante lembrar que o tratamento para autismo deve ser personalizado e interdisciplinar. Ou seja, além da atuação do psicólogo (que é indispensável), pacientes podem se beneficiar com intervenções de fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros profissionais, conforme a necessidade de cada um.
Na escola, um acompanhante terapêutico pode trazer grandes benefícios, no aprendizado e na interação social. Porém, todos os tratamentos devem ser feitos por profissionais capacitados na área.
Matheus Wada Santos
CRP 06/168009
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