Solidão ou Solitude? Como saber se está tudo bem ficar só?
Quando se fala de solidão, o quadro é outro: é sobre sentimento de ser indesejado ou de exclusão, de não ter lugar em um grupo ou no mundo

Humanos são criaturas sociais. Desde o nascimento há a relação e a dependência de uma outra pessoa para que seja possível a sobrevivência. E costuma-se passar a maior parte da vida convivendo constantemente em sociedade.
Por isso, falar sobre o poder “estar só” é tão importante. Não apenas do ponto de vista biológico, mas também para a saúde mental.
Quando se discute a solitude, aborda-se a capacidade e escolha de suportar a própria companhia, para além da existência e carência dos outros. É sobre ser capaz de lidar com as próprias questões de forma independente, sabendo da importância das relações interpessoais, mas não sendo dependente delas de forma patológica.
Assim, a solitude permite crescimento e conexão consigo mesmo, por ser fonte e espaço de autorreflexões. É nesse local de consciência que podemos melhor entender a nossa identidade e nossos desejos.
Porém, quando se fala do aparecimento da solidão, o quadro pintado é outro. É sobre um sentimento de ser indesejado ou de exclusão, de não ter lugar em um grupo ou no mundo.
Isto pode ter impactos reais e sérios na saúde mental e física. Desde um quadro de tristeza profunda até a sintomas como falta de apetite ou ideações suicidas.
Os sintomas comuns sendo: ansiedade social, transtornos alimentares, de imagem corporal, cutting, medo de sair de casa, TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), vícios em telas, vícios sexuais, depressão profunda e ideações suicidas.
Ademais, há casos em que os sentimentos de solidão levam a um isolamento crônico. Devido ao fato de que essa afeta a forma com que a pessoa entende seu valor, autoestima e identidade. Não se considerando, então, digna ou capaz de ser vista ou acolhida pelos seus pares.
Portanto, quando há sinais da solidão e que essa está afetando a sua saúde, é importante a busca por ajuda. Especialmente a de um profissional de saúde mental, um psicólogo, no caso.
Assim, na terapia se cria um espaço de acolhimento e livre de julgamentos, onde é possível reestabelecer e fortalecer uma rede de apoio, trabalhar questões identitárias, de autoestima, tristezas, angustias e transtornos que podem aparecer nesse momento.
Psicólogo Matheus Wada Santos (CRP 06/168009)
Psicanalista especializado em gênero e sexualidade
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