Para fazer bonito no setor de beleza
Enquanto a economia brasileira patina (em 2012 o PIB cresceu apenas 0,9% e a previsão de avanço de 3% em 2013 já foi revista para baixo), o setor de beleza e estética se mantém aquecido. De acordo com a Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), são abertos mais salões de beleza do que bares e lanchonetes na capital paulista. Entre janeiro e junho de 2012 surgiram 2.445 empresas de serviços ligados à beleza, alta de 85% ante o mesmo período do ano anterior. A Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza (Anabel) mostra que a quantidade de novos estabelecimentos desse tipo aumentou 78% em cinco anos; já a Associação Brasileira de Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) indica que o setor vem crescendo, em média, 10,4% ao ano.
Ótimo negócio? Sim, desde que bem administrado. Como em qualquer ramo, a boa gestão separa o sucesso do fracasso. Mas prosperar implica cavar espaço em uma área muito concorrida.
Princípios básicos não podem ser esquecidos: bom atendimento, equipe competente, preço adequado, higiene… enfim, serviço de qualidade. Mas é preciso algo mais, que chame o cliente para seu negócio. No setor de beleza, estar permanentemente atualizado com a moda e as tendências é vital, assim como apresentar novos produtos, técnicas focar em nichos de mercado. O mantra da inovação deve ser repetido aqui.
Nesse tipo de negócio, o ambiente tem grande influência na formação da opinião da clientela. Lugar que vende beleza tem de ser bonito. Limpeza, cadeiras confortáveis, iluminação agradável, espelhos grandes, estacionamento, manobrista, café, chá e água, por exemplo, têm de estar no pacote.
O tempo das pessoas é sempre curto. A cliente não vai ao salão para ler revista nem ver TV enquanto espera. Pontualidade e rapidez sempre são importantes.
Oferecer horários diferenciados de atendimento e descontos em determinados períodos e para os assíduos também atrai público. E com esse objetivo, funciona bem a divulgação em revistas, jornais de bairro, folhetos, redes sociais e mala direta.
A oportunidade existe. Mas por mais tentadora que seja, só conseguirá aproveitá-la e ser competitivo quem trabalhar duro e com o direcionamento correto.
(*) Diretor superintendente do Sebrae-SP