MOTIVAÇÃO IDEOLÓGICA!!

Pichações em São Carlos foram “ato ideológico”, revela delegado em coletiva

Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 19, o delegado Edmundo Ferreira Gomes, titular do 3º Distrito Policial de São Carlos, revelou detalhes da operação que levou à identificação e indiciamento do autor das pichações registradas em monumentos e equipamentos públicos da cidade. Trata-se de um estudante de mestrado da Universidade de São Paulo (USP), que confessou os atos por motivação ideológica.

“Após um trabalho de investigação minucioso, identificamos o autor e representamos por mandado de busca domiciliar, que foi concedido pelo juiz de garantias”, explicou o delegado. A ação ocorreu com apoio da Guarda Municipal e teve como alvo uma república de estudantes na região central da cidade.

Entre os alvos, um deles chama atenção pelo simbolismo: a estátua do Conde do Pinhal, figura histórica central na fundação e no desenvolvimento de São Carlos, foi pichada na região central da cidade. Um ataque não apenas ao patrimônio físico, mas à própria identidade cultural da cidade. Além da estátua, pichações foram registradas no ponto de ônibus da Praça Coronel Salles — um dos espaços mais tradicionais de circulação de pedestres —, em muros da mesma praça e até em semáforos da Avenida São Carlos, entre as ruas Major José Inácio e Padre Teixeira; e até em um monumento religioso na Praça Santa Cruz.

Durante a busca, os policiais encontraram entorpecentes em uma área comum da casa. Segundo o delegado, o estudante chegou ao local enquanto a equipe ainda realizava a diligência e, ao ser informado sobre a ação, assumiu imediatamente a autoria das pichações. “Ele confirmou ter sido o responsável, detalhou como realizou os atos e disse que foram motivados por convicções ideológicas”, afirmou.

Ainda de acordo com Edmundo Gomes, o jovem se identificou como comunista, mas disse não ter filiação partidária ou ligação com movimentos políticos organizados. “Ele age como um ideólogo autônomo, e usou o vandalismo como forma de expressar sua visão de mundo. Planejou as ações e até registrou imagens para documentar o que fez”, disse o delegado.

O estudante teria elaborado um cronograma e realizado as pichações em fins de semana, especificamente entre as noites de sexta-feira e domingo, no início de maio. Ele também confessou ter pichado a fachada de um estabelecimento vizinho, por se opor ao conteúdo ideológico de um adesivo exibido no local.

Durante a apreensão, foram encontrados em seu celular registros fotográficos dos atos de vandalismo. “Ele indicou onde estavam os arquivos e consentiu o acesso ao conteúdo do aparelho, o que reforçou as provas contra ele”, acrescentou o delegado.

O estudante foi indiciado por dano qualificado ao patrimônio público, com a qualificadora de continuidade delitiva. Como não possui antecedentes e colaborou com as investigações, foi liberado após prestar depoimento.

“Agora aguardamos os laudos periciais e o relatório final da investigação, que deve ser concluída em breve”, disse o delegado, agradecendo o apoio da Secretaria Municipal de Segurança Pública e da Guarda Civil Municipal, que também forneceu informações cruciais para o desfecho do caso.

Compartilhe:

Recomendamos para você

Estudo para o sono
Nos camundongos, até mesmo a apneia teria melhorado
Há 7 minutos
Assalto
As autoridades já iniciaram as investigações
Há 15 minutos
Reino Unido
AE/Associated Press O governo trabalhista britânico tentou retomar o protagonismo político na quarta-feira, 11, quando […]
Há 28 minutos
plugins premium WordPress