Na última sexta-feira (6), um casal apontado como responsável por dois assassinatos em São Carlos, foi preso na cidade de Botucatu/SP. A operação, que resultou na detenção de uma mulher de 21 anos e um homem de 38 anos, foi conduzida pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos, com apoio da Polícia Civil e da Guarda Municipal de Botucatu.
As investigações apontam o casal suspeito das mortes de Aparecido Bueno, de 50 anos, e Alexandre Felipe de Oliveira, de 56 anos. O primeiro crime ocorreu em 22 de abril, quando Aparecido foi encontrado morto em uma chácara com um ferimento na cabeça causado por um pedaço de madeira. Segundo a polícia, objetos pessoais da vítima foram roubados, e transferências bancárias da conta de Aparecido para a mulher foram identificadas após o crime. Tratado inicialmente como homicídio, o caso foi reclassificado como latrocínio (roubo seguido de morte) devido a motivo patrimonial.
Três dias depois, em 25 de abril, a DIG foi acionada para investigar outro homicídio, desta vez num conjunto de pequenos apartamentos no bairro Antenor Garcia, região sul de São Carlos. Alexandre foi encontrado no corredor do prédio com danos causados por uma arma branca. A carteira da também foi levada, reforçando a suspeita de crime com vítima específica de roubo.
O delegado João Fernando Baptista, da DIG de São Carlos, revelou que as vítimas tinham relação com os suspeitos. Aparecido tinha grau de parentesco com o homem preso, enquanto Alexandre residia no mesmo conjunto de quitinetes que o casal. No caso de Aparecido, a ausência de arrombamento na chácara e a falta de sinais de luta indicaram que o autor conhecia o local e a vítima. “O executor agiu com proximidade e precisão, o que sugere familiaridade com o ambiente”, explicou o delegado.
No segundo crime, vestígios de sangue foram encontrados na porta da quitinete do casal, o que não coincide com o da vítima. A polícia localizou na residência dos suspeitos a faca usada no assassinato de Alexandre e roupas usadas no primeiro crime. Imagens de câmeras de segurança, obtidas na data do segundo homicídio, corroboraram as evidências.
Segundo as investigações, o homem foi o principal executor dos assassinatos, enquanto a mulher atuou como cúmplice. No caso da chácara, ela teria vigiado a rua enquanto o parceiro escalava o muro e, posteriormente, auxiliava na fuga. No segundo crime, a participação dela foi comprovada pela presença de provas na quitinete do casal.
Os suspeitos foram presos temporariamente em Botucatu e serão interrogados pela DIG de São Carlos. A polícia avalia a conversão da prisão em preventiva, considerando a gravidade dos crimes.
As investigações continuam para esclarecer mais detalhes.