Colaborador de Berlusconi admite “excesso” em festas
Um colaborador íntimo de Silvio Berlusconi disse nesta sexta-feira, 28, concordar com as descrições das festas na residência palaciana do ex-primeiro-ministro como um “excesso, abuso de poder e degradação”.
O agente da indústria do entretenimento Lele Mora, uma das três pessoas acusadas de cumplicidade na prostituição de menores de idade, disse a um tribunal de Milão que havia levado mulheres jovens para as festas e recebido um empréstimo de Berlusconi.
Em sua declaração ao tribunal, ele negou que tivesse incitado as mulheres à prostituição, mas emitiu um julgamento grave sobre as noites, que Berlusconi tem repetidamente descrito como “jantares elegantes”.
“Ontem eu li três palavras em um jornal que descreverem o que aconteceu e o que está sendo julgado hoje: ‘excesso, abuso de poder e degradação’. É verdade, é como era”, disse ele.
Um tribunal de Milão condenou Berlusconi na segunda-feira a sete anos de prisão e o proibiu de exercer cargos públicos, após condená-lo de pagar por sexo com uma menor e de abuso de poder. Ele permanecerá livre enquanto aguarda o resultado de seus recursos, que devem levar vários anos para ser concluídos.
Os promotores apresentaram provas descrevendo cenas envolvendo mulheres jovens tirando a roupa e realizando danças obscenas nas festas de Berlusconi e sendo recompensados com envelopes recheados com milhares de euros em dinheiro.