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Corregedor analisa investigações de chacina

12/03/2013 11h22 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Corregedor analisa investigações de chacina

Em entrevista ao Primeira Página, Mário José Correa de Paula, promotor com atribuição no controle externo da atividade policial (corregedor), descreve suas funções e analisa as investigações da chacina de 7 pessoas ocorrida no dia 31 de outubro do ano passado.

 

Segundo Correa, dentre suas atribuições como corregedor cabe verificar a condição das cadeias, penitenciárias (se tivessem aqui); conversar com os presos, e também verificar casos de abuso de autoridade e tortura: “Ou seja, tudo o que é ligado à parte da custódia de presos, bem como a atividade dos policiais”, sintetiza o promotor.  

Questionado sobre as condições da cadeia de São Carlos, ele explica que, oficialmente, não temos uma cadeia, e sim um centro de triagem: “E é muito favorável à São Carlos não manter uma unidade de encarceramento. Nós temos apenas presos em trânsito: logo que eles são encarcerados aqui, em dois ou três dias eles são enviados para o sistema penitenciário”. Segundo ele, ficam aqui apenas dois tipos de presos: os temporários, que estão à disposição para as investigações ainda em curso pela polícia; e presos administrativos: “Que seriam os casos de pensão alimentícia”. Segundo o promotor, o maior número de casos de presos se enquadra nessa segunda categoria.

Também são atribuições do corregedor verificar as condições dos distritos policiais e das delegacias. Sobre esse tema, Correa explica: “O que temos verificado é um número de policiais civis muito abaixo do necessário para São Carlos: aproximadamente metade do efetivo que a gente deveria ter. E isso prejudica as investigações”.  

Questionado se o baixo contingente de policias civis pode ter prejudicado as investigações da chacina de 7 pessoas ocorrida ano passado, ele disse: “Não: nesse caso foi dada atenção especial. Como o cobertor é curto, temos que verificar realmente o que é mais necessário e concentrar o maior número de esforços. Mas a investigação de furtos simples, de crimes pequenos, realmente está prejudicada”.

Comparando as investigações da chacina com a morte do policial militar Marco Aurélio De Santi (que foi solucionado), ele disse: “No caso do policial De Santi recebemos informações do Grupo do Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público de Ribeirão Preto, que conseguiu interceptar ligações referentes ao caso aqui de São Carlos. Quanto à chacina, não houve nenhuma interceptação de telefone que fosse ligada a isso, não temos testemunhas, e o que foi deixado no local do crime não produziu uma prova que pudesse prosseguir na busca dos autores”.

 

Polícia Civil

Embora não fale em proporções, o delegado da Seccional da Região, Luiz Antônio Rodrigues, afirma que de fato existe defasagem no quadro de policiais civis na região: “Inclusive isso foi tema de uma Audiência Civil Pública proposta pela promotoria civil. Ao longo dos últimos 10 anos os concursos não foram suprindo as aposentadorias e exonerações”.

O delegado afirma ainda que para tornar mais ágil o processo de preenchimento de quadros houve mudanças nos sistemas de concurso: “Antes eles eram feitos pela academia policias, agora são elaborados por órgãos especializados em realização de concursos, como Fuvest, Vunesp”.

Segundo ele, o quadro da polícia civil na região recebeu 7 novos membros: 3 agentes de telecomunicação, 1 escrivão, 2 investigadores e 1 delegado. O efetivo total da região coberta pela Seccional reúne, ao todo, 160 policiais civis.

Corregedor analisa investigações de chacina

12/03/2013 11h22 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Corregedor analisa investigações de chacina

Em entrevista ao Primeira Página, Mário José Correa de Paula, promotor com atribuição no controle externo da atividade policial (corregedor), descreve suas funções e analisa as investigações da chacina de 7 pessoas ocorrida no dia 31 de outubro do ano passado.

 

Segundo Correa, dentre suas atribuições como corregedor cabe verificar a condição das cadeias, penitenciárias (se tivessem aqui); conversar com os presos, e também verificar casos de abuso de autoridade e tortura: “Ou seja, tudo o que é ligado à parte da custódia de presos, bem como a atividade dos policiais”, sintetiza o promotor.  

Questionado sobre as condições da cadeia de São Carlos, ele explica que, oficialmente, não temos uma cadeia, e sim um centro de triagem: “E é muito favorável à São Carlos não manter uma unidade de encarceramento. Nós temos apenas presos em trânsito: logo que eles são encarcerados aqui, em dois ou três dias eles são enviados para o sistema penitenciário”. Segundo ele, ficam aqui apenas dois tipos de presos: os temporários, que estão à disposição para as investigações ainda em curso pela polícia; e presos administrativos: “Que seriam os casos de pensão alimentícia”. Segundo o promotor, o maior número de casos de presos se enquadra nessa segunda categoria.

Também são atribuições do corregedor verificar as condições dos distritos policiais e das delegacias. Sobre esse tema, Correa explica: “O que temos verificado é um número de policiais civis muito abaixo do necessário para São Carlos: aproximadamente metade do efetivo que a gente deveria ter. E isso prejudica as investigações”.  

Questionado se o baixo contingente de policias civis pode ter prejudicado as investigações da chacina de 7 pessoas ocorrida ano passado, ele disse: “Não: nesse caso foi dada atenção especial. Como o cobertor é curto, temos que verificar realmente o que é mais necessário e concentrar o maior número de esforços. Mas a investigação de furtos simples, de crimes pequenos, realmente está prejudicada”.

Comparando as investigações da chacina com a morte do policial militar Marco Aurélio De Santi (que foi solucionado), ele disse: “No caso do policial De Santi recebemos informações do Grupo do Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público de Ribeirão Preto, que conseguiu interceptar ligações referentes ao caso aqui de São Carlos. Quanto à chacina, não houve nenhuma interceptação de telefone que fosse ligada a isso, não temos testemunhas, e o que foi deixado no local do crime não produziu uma prova que pudesse prosseguir na busca dos autores”.

 

Polícia Civil

Embora não fale em proporções, o delegado da Seccional da Região, Luiz Antônio Rodrigues, afirma que de fato existe defasagem no quadro de policiais civis na região: “Inclusive isso foi tema de uma Audiência Civil Pública proposta pela promotoria civil. Ao longo dos últimos 10 anos os concursos não foram suprindo as aposentadorias e exonerações”.

O delegado afirma ainda que para tornar mais ágil o processo de preenchimento de quadros houve mudanças nos sistemas de concurso: “Antes eles eram feitos pela academia policias, agora são elaborados por órgãos especializados em realização de concursos, como Fuvest, Vunesp”.

Segundo ele, o quadro da polícia civil na região recebeu 7 novos membros: 3 agentes de telecomunicação, 1 escrivão, 2 investigadores e 1 delegado. O efetivo total da região coberta pela Seccional reúne, ao todo, 160 policiais civis.

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