Familiares de Maiara protestam e fazem passeata em São Carlos
O delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Gilberto de Aquino afirmou nesta quinta-feira, 4, que reiniciou as investigações, agora em São Carlos do assassinato da jovem Maiara Cristina de Oliveira, encontrada morta em 3 de janeiro, em Leme.
Paralelamente, perto de 30 pessoas entre amigos e familiares promoveram uma passeata no Centro de São Carlos pediram para que as investigações do assassinato fossem feitas pela Polícia Civil de São Carlos. A família está insatisfeita com a demora das investigações. “Queremos o caso aqui”, diz Rubens de Lima, tio da vítima.
Os manifestantes foram ao Fórum Criminal e percorreram as ruas até a DIG com cartazes e faixas com pedido de justiça.
Diante da mobilização o juiz e diretor do Fórum, André Luiz de Macedo disse: “A decisão já foi dada o processo fica em São Carlos”. Mesmo com pedido do promotor para que o caso fosse novamente transferido para Leme.
O juiz explicou que se tem como regra estabelecer a investigação no local onde o suspeito do crime reside. E de acordo como delegado Aquino, o provável assassino de Maira reside em São Carlos. “Se no futuro as investigações aponte que o crime foi consumado fora da cidade ai ele pode ser transferido”, disse o juiz.
O titular da DIG disse que teve o primeiro contato com os familiares da vítima na noite de quarta-feira. E que ainda ontem faria a primeira apuração dos fatos com o tio e a mãe de Maiara.
“Faltam algumas linhas de investigação para compor o inquérito e finalizar o processo. Entrei em contato com o delegado de Leme para obter outros laudos do inquérito que estão faltando, como a perícia do local do crime e a exumação do corpo que ainda não estão em São Carlos”, disse Aquino.
Ele também afirmou que nesse momento do inquérito não cabe o pedido de prisão preventiva do suspeito. “Para isso as investigações devem avançar com os laudos analisados pela equipe de inteligência da Policia Civil”, relatou.
A jovem que morava no distrito de Santa Eudóxia estava grávida de aproximadamente sete meses. No entanto, o feto não foi encontrado com o corpo da vítima. A família suspeita que a criança esteja viva.
A mãe da vitima Maria Aparecida de Oliveira que esteve presente no manifesto, pediu que a justiça seja feita e o culpado seja punido. “Peço para que meu neto seja encontrado. Sinto que ele está vivo e está em algum lugar”.
ENTENDA O CASO – A jovem Maiara Cristina de Oliveira, encontrada morta em 3 de janeiro, em Leme foi enterrada como desconhecida por não ter identificação. Com a denúncia do desaparecimento da jovem pela família que reside em Santa Eudóxia e as características físicas levaram ao corpo enterrado em Leme quatro dias após o enterro.
Maiara estava grávida de sete meses e havia saído com o pai da criança para comprar o enxoval do bebê em Casa branca, interior de São Paulo.
Após essa viagem a família só veio a saber dela com o corpo sendo exumado pela Polícia Civil em 7 de janeiro. Até o último dia 23 de março o inquérito do assassinato de Maiara estava com a Polícia civil de Leme. E só ontem o delegado da DIG de São Carlos assumiu as investigações do caso.