Mulher denuncia que corpo de tio desapareceu após venda de túmulo
A Polícia Civil de São Carlos recebeu esta semana, mais uma denúncia de suspeita de comércio ilegal de sepulturas no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, o maior da cidade. Uma mulher contou que o túmulo da mãe foi vendido, os restos mortais transferidos para um ossário, mas o corpo do tio está desaparecido. Na semana passada, um casal de Ribeirão Preto denunciou que não encontrou a sepultura dos três filhos e descobriu que eles estavam enterrados em outro local. A Prefeitura pediu esta semana que a administração do cemitério faça um levantamento de todos os túmulos da área infantil.
De acordo com o delegado Maurício Dotta, o novo caso levado à polícia foi descoberto em 2010. Na época, a família abriu um processo administrativo na Prefeitura, mas nem todas as informações foram esclarecidas.
A administração do cemitério transferiu os restos mortais da mulher para o ossário, mas o corpo do irmão dela, que estava enterrado no mesmo lugar, desapareceu. “De fato há alguma coisa que a gente precisa indagar. Eu pedi o resultado final do procedimento administrativo que possa ter tramitado por lá, para saber se a transposição da ossada da mãe foi feita ou não”, afirmou Dotta.
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INVESTIGAÇÃO – A Prefeitura de São Carlos solicitou que a administração do Cemitério faça um levantamento de todos os túmulos da área infantil. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, não há prazo para entrega do documento com as informações sobre os túmulos. O administrador do local, Marcelo Carlos Pereira, confirmou ao que o levantamento já teve início e ainda não é possível informar quantos túmulos poderiam ter sido vendidos irregularmente. Segundo ele, os túmulos de outras alas, além da infantil, também estão sendo averiguados.
“São muitos túmulos e o trabalho é grande”, afirmou o administrador. Ainda segundo Pereira, muitas famílias têm procurado a administração do cemitério dizendo que compraram túmulos e estão preocupadas com a regularidade. “Todos estão sendo avaliados”, disse.