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“Não vai ter Polícia que irá me deter de te matar” disse assassino para mulher executada no Jockey Clube

Delegado da DIG, Gilberto de Aquino, relatou que já solicitou pelo pedido de prisão preventiva do acusado, que se encontra foragido

19/05/2021 06h12 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
“Não vai ter Polícia que irá me deter de te matar” disse assassino para mulher executada no Jockey Clube

A Polícia Civil, por intermédio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) em São Carlos (SP), já começou a ouvir as testemunhas do crime de homicídio qualificado contra mulher, o feminicídio, que vitimou na noite da última segunda-feira (17), a vigilante de 43 anos, identificada como Ivonilde Silva Santos, executada com pelo menos 8 facadas, no interior da moradia do namorado, aos fundos de sua residência, na Rua Rio Amazonas, no bairro Jockey Clube.

Segundo relatou em entrevista o delegado de polícia, Gilberto de Aquino, a vítima estaria na companhia do atual namorado, quando houve a invasão da propriedade pelo agressor, que armado de uma faca partiu para cima da mulher, dentro de um tipo de ‘sala cozinha’, um cômodo único do imóvel, onde desferiu golpes no pescoço e costas, colocando ponto final na vida da ex-companheira.

O atual namorado da vítima, informou que o seu relacionamento com a vigilante era recente, tinha pouco tempo, porém, antes a mulher havia namorado com o assassino, que devido a ser bastante agressivo e ciumento, fez com que ela colocasse um ponto final nesse romance, situação que não era aceita pelo agressor, que desde então passou a ameaça-la de morte.

Nos primeiros levantamentos realizados pelo policiamento judiciário, foi possível apurar que a vítima já havia registrado três boletins de ocorrência contra o acusado, depois de procurar pela DDM (Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher) e o Plantão da Delegacia Seccional de São Carlos (SP), onde comunicou as ameaças de morte que vinha sofrendo, acarretando inclusive na expedição de medida protetiva em desfavor do indivíduo, que não acatou as ordens judiciais, e em uma das tentativas de contato com a vigilante, ao procurar pela mulher no portão de sua moradia, foi preso em flagrante delito pela Polícia Militar e recolhido ao sistema penitenciário, sendo esta a única passagem criminal registrada junto aos antecedentes do agressor.

Em uma das ocorrências registradas junto à Polícia Civil, a vigilante relatou para a autoridade de polícia, que o ex-companheiro teria dito a seguinte afirmação: “Não vai ter Polícia que irá me deter de te matar”.

Durante os questionamentos feitos ao atual namorado da mulher, este relatou que tem um certo parentesco com o agressor, não sabendo afirmar se os dois são primos de 2º ou 3º grau, e que antes da execução de sua companheira, o acusado havia realizado uma ligação telefonica em seu celular, perguntando se era verdade que ele estaria se relacionando com Ivonilde, onde com a afirmativa do fato, momentos após ocorreu todo o desfecho e violência do caso.

“Houve a interferência do atual companheiro da mulher, que tentou impedir que ela fosse assassinada com tanta crueldade, porém, ele não conseguiu deter tamanha crueldade por parte do agressor, presenciando o homem enquanto golpeava a vítima com pelo menos 8 facadas”, destacou o delegado.

Segundo destacou a autoridade policial, as testemunhas avistaram o agressor em posse da arma branca (faca), tentando ainda matar o namorado da mulher, que para se proteger, teria pego uma barra de ferro que foi tomada pelo acusado, que em ato continuo novamente pulando o muro da residência para um imóvel vizinho, conseguiu empreender fuga e se encontra foragido.

Na evasão, o criminoso deixou para trás o seu aparelho de telefonia celular, que acabou caindo no chão e foi apreendido, e será submetido à perícia e melhor analise em busca de mais provas sobre o ato por este praticado.

Nesta última terça-feira (18), a equipe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), já realizou a representação pelo pedido de prisão preventiva do acusado, e formalizou as oitivas que também serão encaminhadas à Justiça Criminal.

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