TJ-SP nega habeas corpus a Maria Paula
Maria Paula Porto Bianco, ex-esposa de José Novaes Júnior, deverá ir a júri popular; empresária é acusada de planejar o crime
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) negou o habeas corpus impetrado pela empresária Maria Paula Porto Bianco. Ela é acusada de, em fevereiro de 2014, mandar matar seu ex-marido, o empresário José Novaes Júnior. Não cabe mais recurso à decisão. Maria Paula deverá ir a júri popular.
JÚRI SUSPENSO
Em 7 de outubro de 2024, havia sido agendado um júri popular, mas os advogados da empresária obtiveram liminar suspendendo a data. O processo tramita na Primeira Vara Criminal.
Em 2018, outro júri popular condenou o ex-policial militar, então preso desde novembro de 2014. O policial chegou a manter um relacionamento com Maria Paula.
Em novembro de 2016, outros dois homens foram julgados pela tentativa de homicídio. O que efetuou os disparos foi condenado a 10 anos de prisão. O outro foi condenado a 8 anos. O quarto acusado de participar do crime chegou a ser detido, mas está foragido desde que foi posto em liberdade.
NA EUROPA
Segundo consta, a empresária reside hoje na Europa. O júri popular poderá não ser realizado, se ela não comparecer ao julgamento. Se comparecer e for condenada, poderá deixar o Fórum Criminal presa.
HISTÓRICO
O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Gilberto de Aquino, afirmou, em novembro de 2014, que o crime fora motivado por dinheiro.
José Novaes Júnior, então com 54 anos, levou nove tiros na tarde de 7 de fevereiro de 2014, quando saía de sua empresa, na Rodovia SP-318, em Água Vermelha.
Por volta de 12h30, ele deixava o local com a esposa e a filha de 19 anos em um carro, quando um homem apareceu e fez 11 disparos. Nove deles atingiram Novaes. A filha e a esposa não ficaram feridas. O atirador fugiu com um cúmplice em outro veículo.
A esposa assumiu o volante e levou o marido até a base do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), em São Carlos, onde Novaes recebeu os primeiros socorros e foi levado ao hospital. Três tiros acertaram o peito do empresário, dois, o braço, um, a garganta, outro a barriga, um, o relógio e outro o cinto de segurança.