Tribunal revoga prisão de Gusttavo Lima
O músico é um dos alvos da Operação Integration
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) revogou o pedido de prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima. O músico é um dos alvos da Operação Integration, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo influenciadores digitais e casas de apostas online e chegou a prender Deolane Bezerra.
A Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco, cumpriu, na quarta-feira 4 de setembro, 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão na capital Recife, em Barueri (SP), em Campina Grande (PB), em Cascavel (PR), em Curitiba (PR) e em Goiânia (GO). A ação teve como alvo uma organização criminosa que movimentou quase R$ 3 bilhões provenientes de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
Foram recolhidos pela Justiça 17 carros de luxo e 38 veículos restritos no Renajud, sistema on-line de restrição judicial de veículos criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, foram apreendidos mais de cem imóveis; quatro aviões e sete embarcações. A operação resultou, ainda, no bloqueio de valores em conta e aplicações financeiras de quase R$ 3 bilhões. Os investigados precisaram entregar seus passaportes, os portes de armas de fogo deles foram suspensos e os registros, cancelados.
A ação contou com a participação do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e de 170 agentes de segurança pública do estado. Participaram, ainda, integrantes das forças policiais de Goiás, da Paraíba, do Paraná e de São Paulo.
Investigações
Tudo começou com uma investigação de lavagem de capitais, iniciada em abril de 2023, a partir da apreensão de R$ 180 mil reais em espécie em 1º de dezembro de 2022. Foram movimentados, de janeiro de 2019 a maio de 2023, mais de R$ 3 bilhões em contas correntes, em aplicações financeiras e dinheiro em espécie, provenientes dos jogos ilegais.
Conforme o inquérito, a organização criminosa usava várias empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio e seguros para lavagem de dinheiro realizada por meio de depósitos e transações bancárias.
O dinheiro era lavado por meio de depósitos fracionados em espécie, transações bancárias entre os investigados com o imediato saque do montante, compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias, relógio de luxo, além da aquisição de centenas de imóveis.
Os agentes de segurança pública identificaram movimentações financeiras atípicas de pessoas físicas e jurídicas, que indicam indícios de ilícitos financeiros, sem nenhum suporte para as transações comerciais e financeiras feitas pelo grupo e a maioria dos integrantes tem padrão de vida totalmente incompatível com a renda e bens declarados.