Alckmin deve dar “palavra” final sobre candidato da oposição
Apesar das várias especulações que rondam o grupo de partidos de oposição ao governo municipal conhecido como “Frente Ampla”, a palavra final sobre o nome dos candidatos a prefeito e a vice-prefeito no próximo ano, deve ser dada pelo governador paulista Geraldo Alckmin. O bloco de oposição reúne PSDB, DEM, PSD, PP, PPS e PR. A ideia geral é que Alckmin seria um nome neutro e com credibilidade para interferir no consolidação da frente oposicionista que deverá enfrentar o candidato à reeleição Oswaldo Barba, do PT.
Como São Carlos é uma cidade estratégica para o tabuleiro de xadrez de 2014 e antigo reduto do Partido dos Trabalhadores, o governador tucano deverá interferir de forma direta na escolha de um nome que tenha viabilidade eleitoral, de acordo com pesquisas realizadas pelo diretório estadual do PSDB.
“É claro que São Carlos é uma cidade importante no contexto político-econômico paulista e é evidente que a união das oposições no município terá como padrinho o nosso governador Geraldo Alckmin”, afirma o presidente do partido no Estado de São Paulo, o deputado estadual Pedro Tobias.
Atualmente, os membros da frente ampla se divide em dois grupos. O primeiro, formado por lideranças tucanas e democratas querem lançar a dobradinha Paulo Altomani e Airton Garcia como os candidatos majoritários em 2012 para disputar os cargos executivos. Já o outro grupo, que reúne PSD, PP e PR, é mais propenso a apoiar o nome do presidente da Fundação Faria Lima (CEPAM), o ex-deputado federal Lobbe Neto.
O ex-parlamentar, antes relutante em aceitar o desafio de concorrer à sucessão municipal no próximo ano, teria, segundo fontes, revisto sua postura diante das últimas pesquisas de opinião pública de intenção de votos feitas pelo PSDB.
O professor de história do Departamento de Ciências Sociais da UFSCar, Marco Antonio Villa, afirma que existe uma propensão do eleitorado de São Carlos a votar na oposição. “Mas os partidos de oposição só têm uma chance de chegar ao poder, que é se unindo em torno de uma candidatura. Se houver divisão, Barba deverá ser reeleito”.