Auditoria de urna termina sem encontrar divergências
Os procedimentos começaram no sábado (28), véspera do segundo turno da eleição, quando foram sorteadas cinco urnas
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) concluiu neste domingo (29) a auditoria de urna em condições normais de uso, popularmente conhecida como votação paralela. O procedimento foi finalizado sem encontrar divergências, ou seja, as contagens de votos nas urnas eletrônicas e nas cédulas manuais chegaram ao mesmo resultado. Foram comparados 1.989 votos no total.
A auditoria de urna em condições normais de uso consiste na simulação da votação, no mesmo dia e horário das eleições, com urnas que seriam utilizadas e, portanto, com as listas reais de candidatos e de eleitores. O procedimento, realizado no prédio anexo na Sede I do TRE-SP, na capital paulista, foi aberto à presença de candidatos, fiscais de partidos políticos e coligações, além de membros da imprensa.
O presidente da Comissão de Auditoria, des. José Antonio Encinas Manfré, afirmou que o processo é muito importante para atestar, aos representantes da sociedade, a lisura do processo eleitoral. “É uma forma de nós termos controle, por amostragem, sobre como se deu a votação em todo o Estado de São Paulo”, disse.
Os procedimentos começaram no sábado (28), véspera do segundo turno da eleição, quando foram sorteadas cinco urnas para participarem da auditoria (provenientes de São Paulo – Lapa, Taboão da Serra, Guarulhos, São Vicente e Campinas). No mesmo dia, esses equipamentos, que já estavam lacrados e instalados nas respectivas seções eleitorais, foram transportados de automóvel à sede do Tribunal.
Pelas regras do sistema, já estava prevista que uma das urnas sorteadas seria da capital paulista. Para esse caso, representantes dos partidos políticos e das coligações haviam preenchidos cédulas de papel, em quantidade correspondente ao número médio de eleitores registrados nas seções eleitorais, com votos nos candidatos oficiais. Essas cédulas foram preenchidas com números reais de candidatos registrados ou, ainda, como votos nulos e brancos.
Para as outras quatro urnas, as cédulas foram completadas no próprio sábado, após o sorteio, por voluntários membros da Federação Bandeirantes do Brasil (FBB-SP) e inseridos nas urnas a mesma quantidade de votos de cada seção eleitoral sorteada. Após o procedimento, as cédulas foram guardadas em urnas de lona lacradas e só reabertas no domingo.
No dia seguinte, a partir do início do horário oficial de votação, às 7h, esses votos manuais foram levados à urna eletrônica. Todo o processo é filmado, sendo que a equipe de servidores da Justiça Eleitoral retira a cédula da urna de lona, mostra para a câmera, dita em voz alta e preenche o voto correspondente na urna eletrônica. Às 17h, a auditoria é encerrada e o resultado da urna de lona e a eletrônica, comparado. Dos 1.989 votos depositados em papel, nenhum apresentou divergência.