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Azuaite manifesta repúdio contra ação policial durante votação da privatização

08/12/2023 16h58 - Atualizado há 9 meses Publicado por: Redação
Azuaite manifesta repúdio contra ação policial durante votação da privatização

O vereador e vice-presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP), Azuaite Martins de França, protocolou na Câmara Municipal uma moção de repúdio à conduta de policiais militares que espancaram manifestantes na galeria da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) no último dia 6 de dezembro.

O fato ocorreu durante a votação do projeto de lei que prevê a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). “Os manifestantes foram violentamente espancados por policiais militares, sob o comando do governador Tarcísio de Freitas e diversas pessoas ficaram feridas”, protestou o vereador.

“É lamentável essa postura, ainda mais porque não é a primeira vez que acontece de se colocar a força do Estado contra cidadãos e cidadãs que exercem seu livre direito de manifestar uma opinião”, acrescentou o parlamentar.

Para Azuaite, o mais grave é o fato de o governo Tarcísio de Freitas já ter informações prévias de que o projeto seria aprovado. “O governo estadual tem ampla maioria no plenário e ainda assim autorizou aquela truculência desproporcional a que assistimos”, frisou.

Conforme ressaltou, o Legislativo tem instrumentos para que as minorias possam se expressar “e isso é fundamental já que nem sempre a decisão da maioria é a mais acertada”.

Azuaite chamou a atenção para a complexidade da votação de um projeto que pretende privatizar uma das maiores companhias de saneamento do mundo, que atende 375 municípios e 28,4 milhões de pessoas. “É uma empresa mista de controle estatal reconhecida internacionalmente pelo trabalho que desenvolve”. Atualmente, a Sabesp é composta por 12 mil funcionários e tem valor estimado em R$ 39 bilhões. O lucro em 2022 foi de R$ 3,12 bilhões.

“Independente do mérito, é preciso considerar que uma votação como essa não pode ser feita no apagar das luzes ou em regime de urgência. A Sabesp é um patrimônio do povo paulista e todos os segmentos desta sociedade devem ser ouvidos e respeitados”, pontuou Azuaite.

O projeto foi aprovado pela maioria. Deputados da oposição acionaram a justiça sob alegação de inconstitucionalidade no trâmite da matéria.

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