A Câmara Municipal de São Paulo entregou, nesta terça-feira (9), um presente natalino generoso aos seus servidores: um bônus de R$ 2.033, apelidado — com a precisão que só a criatividade popular proporciona — de “vale-peru”. O agrado, pago como 13º auxílio-alimentação, custará mais de R$ 4 milhões aos cofres públicos. Nada mal para garantir uma ceia mais robusta.
O benefício foi aprovado ainda na gestão do ex-presidente Milton Leite (União Brasil), em 2024, e, segundo a Casa, está rigorosamente dentro da legislação. Em nota oficial, a Câmara reforça:
“O valor extra de R$ 2.033,93 será pago neste mês a todos os servidores da Casa (cerca de 2.000), conforme prevê PL aprovado pelo Plenário da Câmara em novembro de 2024. É a Lei 18.208, de 19 de dezembro de 2024.”
A notícia chega menos de um ano depois de outra movimentação igualmente “festiva”: em novembro do ano passado, os vereadores aprovaram um reajuste de 37% nos próprios salários. O aumento foi aprovado pouco mais de um mês após a eleição municipal, garantindo que os eleitos e reeleitos passassem a receber R$ 26.080,98, ante os R$ 18.991,68 anteriores.
A justificativa da Mesa Diretora se ancorou na Constituição Federal, que permite que vereadores recebam até 75% do salário dos deputados estaduais. A matemática foi seguida à risca.
E agora, com bônus natalino garantido, parece que o espírito do fim de ano realmente chegou — ao menos no Palácio Anchieta.
