Câmara ‘lava as mãos’ para CPI do Transporte Coletivo
Dimitri Sean (PDT) não vê mal algum em investigar o Poder Executivo: “CPI não condena, mas investiga”, afirmou
O vereador Dimitri Sean (PDT) tentou emplacar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os 44 dias de intervenção na empresa Suzantur, mas não conseguiu. Com sete assinaturas, o parlamentar abriria a investigação, mas apenas seis parlamentares assinaram. Além do propositor, Leandro Guerreiro (PSB), Luís Enrique Kíki (DEM), Lucão Fernandes, Laíde Simões e Marquinho Amaral (MDB) apoiaram a iniciativa. “Vou às redes sociais, vou esclarecer ao povo. Uma CPI não condena, mas investiga. E que mal há numa investigação?”, interrogou Dimitri Sean.
O vereador Paraná Filho (PSB), líder do governo Airton Garcia, subiu à tribuna para justificar. “Nós temos uma audiência no dia 2 de abril, com o secretário de Fazenda [Mário Antunes], para esclarecermos as contas. Não sou contra CPI, mas nesse momento, não vejo necessidade. E se constatarmos algo de irregular após a audiência, não tenho problema algum para assinar uma CPI”, destacou.
Dever
Na visão do vereador, uma das prerrogativas da Câmara é investigar os atos do Poder Executivo. “É dever da Câmara investigar os atos do executivo e temos que verificar o que foi realizado pela Prefeitura nesse período de intervenção”, disse.
Dimitri quer saber como foram efetivados os pagamentos que a Prefeitura realizou quando estava no controle da Suzantur, inclusive para o interventor nomeado pela administração para gerir a empresa.
Ele também citou um suposto desligamento de câmeras do local. “Quero investigar essa informação, não estou afirmando que ocorreu, mas temos por obrigação apurar essa situação”, disse.
“A Câmara é cobrada diariamente a adotar posturas de cobrança à administração. E a CPI é uma forma de cobrança. Só espero que a Câmara não seja marionete de um prefeito maluco”, comentou Marquinho Amaral.