“Cotas nas universidades recupera dívida do País”, diz Newton
O presidente da Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara, deputado federal Newton Lima (PT-SP), afirmou nesta terça-feira (21) que a política de cota nas universidades permite ao Brasil resgatar a imensa dívida do apartheid social e econômico formado historicamente no País. A afirmação do parlamentar foi feita durante audiência pública que discutiu a implementação da política de patrocínio por meio de editais e linhas de financiamento para incentivo à cultura e artes negras em suas variadas linguagens.
Segundo o deputado, a aprovação do PLC 180/2008 (Cotas nas Universidades), que aguarda a sanção da presidenta Dilma Rousseff, irá estimular que negros e pessoas de baixa renda tenham amplo acesso às melhores universidades e instituições federais de ensino do Brasil. “Pesquisas mostram que alunos que ingressaram nos maiores centros de ensino do País pelo sistema de cotas tiveram desempenho igual e muitas vezes superiores aos alunos que entraram pelos mecanismos tradicionais. Eles sabem da oportunidade que estão tendo e aproveitam da melhor forma”, declarou o presidente da CEC.
Newton Lima também ressaltou que o governo do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma fizeram grandes avanços na educação básica brasileira, o que foi comprovado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011, mas ponderou que o ensino médio ainda precisa avançar. “Temos que implantar em todas as escolas de ensino médio a educação em tempo integral”, sugeriu.
Na opinião do parlamentar, a educação em dois períodos incentivará melhores resultados dos estudantes das escolas públicas no ingresso nas universidades, e as metas 17 e 20 do Plano Nacional de Educação – que se referem, respectivamente, à valorização do magistério e investimento de 10% do PIB para educação – contribuirão de maneira efetiva para a melhoria da educação no País.
O evento teve a participação da ministra Luiza Helena de Bairros, chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e dos deputados Waldenor Pereira, Luiz Alberto, Jean Wyllys e Paulo Rubem Santiago.