Marquinho Amaral destaca papel do Legislativo na história de São Carlos
Ele fez um balanço da gestão à frente da Câmara e falou das expectativas
Em entrevista, o presidente da Câmara de São Carlos, Marquinho Amaral, reflete sobre a importância do Legislativo na história da cidade, faz um balanço de sua gestão no biênio 2023-204 e compartilha suas expectativas para o futuro.
Confira a entrevista na íntegra.
Como vê a importância da Câmara na história e no desenvolvimento da cidade?
A Câmara teve um papel decisivo na maneira como São Carlos se desenvolveu ao longo destes 167 anos de história. Basta dizer que sua instalação, em 1865, selou a emancipação política do município e estruturou o núcleo urbano. No início exercendo a função executiva, a Câmara possibilitou a implantação de melhoramentos essenciais e estruturou a cidade, que ganhou impulso após a chegada da ferrovia. Já no século 20, São Carlos conseguiu superar crises econômicas, recebeu indústrias e implantou os centros de pesquisa que moldaram o perfil da Capital da Tecnologia.
Desde 1948, quando passou a ter a configuração atual, com eleições diretas e atuação como Poder Legislativo, a Câmara tem a responsabilidade de debater e aprovar leis que atendem aos interesses da população e também de fiscalizar a execução do orçamento municipal. Portanto, sua contribuição ao progresso da cidade é inconteste.
Para mim foi uma grande honra presidir a Câmara em duas oportunidades, trabalhando para que o município proporcione uma melhor qualidade de vida para seus habitantes e se consolide cada vez mais como um dos mais desenvolvidos do nosso estado e do país.
Qual balanço faz de sua gestão à frente do Legislativo?
O balanço da gestão no biênio 2023-2024 é extremamente positivo. Nesse sentido, cumprimento os vereadores que me acompanham na Mesa Diretora nesse período que foi de avanço na modernização do processo legislativo. Foram adotadas medidas voltadas a agilizar o trabalho da Câmara e ao mesmo tempo economizar dinheiro público. Aproximando-se o final do mandato, que se encerra no dia 31 de dezembro próximo, a sensação é do dever cumprido.
Com a colaboração dos vereadores e vereadoras, suas assessorias e dos funcionários do quadro da Câmara, conseguimos devolver para a Prefeitura Municipal o montante de R$ 10 milhões até o início de outubro.
Poderíamos utilizar até 6% do Orçamento Municipal, mas trabalhamos com muita seriedade e zelo com o dinheiro público e gastamos apenas 3,3%, ou seja, praticamente metade do que tínhamos autorização para utilizar.
Ao longo desses quase dois anos de mandato, investimos na informatização do Legislativo, com a digitalização dos processos que resultaram em expressiva redução do uso de papel, promovemos a implantação e operacionalização da Escola do Legislativo e implantamos o estúdio da TV Câmara, com capacidade para produção de conteúdo próprio para a programação em canal aberto. Conquistamos um canal de FM para a Rádio Câmara, consignado pelo Ministério das Comunicações à Câmara dos Deputados, e tivemos a oportunidade de realizar importantes investimentos, por meio de processo licitatório. Entre eles estiveram a troca de todos os computadores dos gabinetes, aquisição de tablets para os vereadores no sistema de votação, locação de cinco veículos, com dois motoristas, sendo contratada a primeira mulher como motorista da Câmara. Também adquirimos 16 aparelhos para Wi-Fi, já instalados, e realizamos a adequação do Plenário, principalmente para o funcionamento do sistema de votação eletrônica, investimos no Projeto Visite a Câmara e promovemos o Programa de Desligamento Voluntário (PDV).
Mais recentemente, realizamos a pintura do Edifício Euclides da Cunha, prédio histórico que data de 1900, tombado pelo Condephaat, restituindo a cor original do prédio construído para sediar o Fórum e que desde 1951 abriga os trabalhos legislativos. Também realizamos melhoramentos no prédio anexo e transferimos a Biblioteca Jurídica Francisco Xavier Amaral Filho para o também histórico edifício situado na Avenida São Carlos, esquina com rua Conde do Pinhal, que no passado abrigou o Banco do Comércio e Indústria de São Paulo.
Como vê as perspectivas para o futuro de São Carlos?
Como são-carlense, tenho grande orgulho de minha terra natal, que respira inovação e conhecimento, e sou muito otimista quanto ao futuro de nossa cidade.
São Carlos foi classificada em 3º lugar no ranking dos 5.700 municípios brasileiros com qualidade vida para se viver, conforme dados da pesquisa IPS Brasil – Índice de Progresso Social, metodologia internacional que calcula o bem-estar da população e fatores como nutrição, saúde, moradia, saneamento, segurança, acesso à informação, meio ambiente, inclusão social, liberdade individual e acesso à educação superior. Esse dado é revelador do enorme potencial que a cidade tem para evoluir cada vez mais. A presença dos grandes centros de pesquisa será sempre um fator decisivo para atrair novos investimentos, aliado ao setor de serviços que se fortalece.
A meu ver, a administração pública municipal está no caminho certo para possibilitar que a cidade cresça sem abrir mão da qualidade de vida que é o seu diferencial. Este é o grande desafio dos governantes: responder às demandas sociais e proporcionar melhoramentos que beneficiem a população no seu conjunto.
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O dia 4 de Novembro é uma data especial para todos nós que amamos São Carlos. Celebramos o privilégio de vivermos numa cidade culta e acolhedora, que se orgulha de seu passado, celebra com alegria o presente e projeta um futuro promissor.
Quero parabenizar a todos que aqui vivem e trabalham para fazer de São Carlos uma cidade cada vez melhor. A “Capital da Tecnologia e do Conhecimento” é também a capital do trabalho, da esperança e da paz. Vamos juntos reconhecer o quanto esta cidade nos oferece de bom e renovar com ela uma aliança de amor e fé. Parabéns, São Carlos!