Oposição tenta primeira vitória no Século XXI

Nos bastidores da política são-carlense, políticos de oposição trabalham para tentar costurar uma aliança política que tem como objetivo derrotar o PT e seus candidatos em 2012 e conquistar a prefeitura.  O Partido dos  Trabalhadores venceu as eleições de 2000 e 2004 (Newton Lima) e 2008 (Oswaldo Barba). Se Barba for reeleito, os petistas vão completar 16 anos de poderem São Carlos.

Em 2008, os dois principais candidatos de oposição, Paulo Altomani (PSDB) e Airton Garcia (DEM), juntos, somaram 78.246 votos ou 63,19% dos votos válidos. Apesar disso, o vitorioso foi Oswaldo Barba (PT) com 43.888 votos ou 35,41%.

Após um longo período de rusgas, encontros e desencontros e troca de farpas entre lideranças de partidos como o PSDB, o DEM e outras siglas, há um consenso entre os maiores caciques oposicionistas de que a única maneira de derrotar os petistas e impedir a reeleição do prefeito Barba no próximo ano, é lançar um único candidato no arco de forças que apoiaram as candidaturas de Geraldo Alckmin (governo estadual) e José Serra (presidência). Esta aliança poderá ser formada pelo PSDB, DEM, PP, PPS, e outros partidos menores.

Em 2006 e 2010, houve a formação de grandes alianças para apoio às candidaturas tucanas para presidente da República. Alckmin chegou ao segundo turno, mas perdeu a disputa para Luís Inácio Lula da Silva, que se reelegeu. Apesar de todo o esforço dos petistas, os seus candidatos têm sofrido seguidas derrotas nas eleições gerais.

“Se nós, da oposição, calçarmos as sandálias da humildade, as nossas chances de vencer as eleições são muito grandes”, afirma o secretário geral do PSDB, Paulo Altomani, que já enfrentou os petistas em 2000, 2004 e 2008. Segundo ele, a vitória da oposição será a vitória de São Carlos.

Um dos problemas para uma união total das oposições é a postura do Partido Verde, que anuncia que terá candidato próprio para as eleições municipais. De acordo com o historiador e professor da UFSCar, Marco Antônio Villa,em São Carloshá uma tendência do eleitor em votar para os partidos que fazem oposição ao PT. Porém, avisa ele, a oposição tem apenas uma chance: competir na disputa eleitoral totalmente unida.