Para aventureiro, Descalvado pode se tornar a “nova Brotas”
Pesquisador que procurou e registrou quarenta cachoeiras em Descalvado acredita que o turismo de aventuras pode ser uma alternativa
Com pelo menos quarenta quedas d’água, o município de Descalvado tem um imenso potencial para o turismo de aventuras ou turismo ecológico. O turismo rural como potencial gerador de empregos já havia sido destacado pelo professor e diretor da Universidade Brasil campus de Descalvado, Paulo Marcatto.
Fazendo o papel de “Indiana Jones Caipira”, o analista de programação Luís Alberto Olivieri, fez um trabalho de pesquisa onde acabou descobrindo e registrando a existência de pelo menos quarenta cachoeiras no município. O acervo foi reunido em um livro que foi publicado por Olivieri.
Olivieri conta que a ideia de fotografar os locais surgiu em uma conversa entre amigos. “Em um evento ciclístico que nós tivemos há alguns anos alguém comentou que conhecia uma cachoeira e um comentou que conhecia outra. Eu achei interessante compilar essas informações. Comecei a identificar a primeira, a segunda, a terceira, aí não parou mais. E tem aquela vontade de descobrir a última e ainda vou chegar”, afirmou.
A primeira fotografia foi da cachoeira Salto do Pântano, uma das mais famosas de Descalvado. “A emoção de chegar em uma cachoeira e mostrar para o público que isso é a natureza, é criação de Deus, é uma coisa fantástica. É um registro que vai ficando para a eternidade”, disse.
O roteiro de cada viagem foi decidido pela internet, onde procura no mapa os rios e afluentes pela cidade. “Eu tenho um mapa de relevo e identifico a diferença de relevo. Se der uma diferença de 30, 40 metros, com certeza tem alguma queda. Eu pego a bike e vou verificar o local”. Nessa busca, também é preciso superar obstáculos, já que em algumas trilhas não é possível andar de bicicleta.
Na opinião de Olivieri, Descalvado tem condições de imitar Brotas (SP) e investir no turismo de aventuras. “Descalvado tem condições de investir em turismo, porque fui procurando e encontrei 40 cachoeiras, então esse livro é um registro histórico da área rural de Descalvado”, disse. E segundo ele, ainda há o que se procurar na zona rural descalvadense. . “Tem mais seis cachoeiras para encontrar. Estão em áreas de difícil acesso, mas vou encontrá-las ainda”, destacou.