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PPL atuará na base aliada do governo

29/08/2011 13h16 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
PPL atuará na base aliada do governo

Emerson Leal, uma das lideranças do PPL, afirma que partido faz parte da base aliada do governo petistaUma imagem de Ernesto Che Guevara em destaque, fixada na parede sobre a mesa principal do recinto, salta aos olhos de quem adentra o gabinete, simples e pouco adornado, do vice-prefeito, Emerson Leal.

A imagem é icônica e explicativa, uma vez que Leal, ex-PMDB, rompeu com o partido em 2009 e partiu para uma dissidência de esquerda na própria legenda, apelidada de MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), que defendia ideais socialistas e homenageava Che Guevara, fazendo alusão à data de sua morte.

Na última semana, a dissidência ganhou, politicamente, rosto, após representantes do movimento protocolarem no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo as assinaturas de apoio certificadas pelos cartórios das diversas zonas eleitorais, pedindo a certidão estadual que atesta o total das assinaturas certificadas no Estado para a criação oficial do PPL (Partido Pátria Livre).

“Agora dependemos do TRE analisar os documentos, colocar em pauta numa sessão ordinária do tribunal e votar a favor ou contra a criação do partido. Contudo, como cumprimos com todas as determinações impostas no que diz respeito ao número de certidões em federações do Estado, estamos confiantes de que a o trâmite seja rápido e a aprovação ocorra o mais rápido possível”, afirma Leal, hoje, uma das lideranças do partido.

 Desde a mudança da legislação de criação de partidos, sancionada em 2006 e regulamentada em 2010, o PPL é o primeiro partido à protocolar, junto ao TRE, um pedido de criação partidária que atenda à todos os requisitos impostos pelo tribunal.

“Oficialmente, o primeiro partido criado após a mudança na legislação foi o PSOL, da Heloísa Helena. Mas como, à época, a lei não estava regulamentada, um abaixo-assinado foi o suficiente para que o TRE oficializasse o partido. Agora, após a regulamentação em 2010, que estabeleceu regras mais rígidas aos aspirantes a partido, somos a primeira legenda a atender as regras”, explica Leal.

O PPL entra no cenário político atual como uma das peças da base aliada ao governo Dilma Rousseff, e consequentemente, das administrações petistas em todo o país, como em São Carlos.

“Desde que os dissidentes do PMDB começaram a articular a criação do PPL, em 2009, já havia um posicionamento voltado à base aliada. Partidaristas da legenda, inclusive, fizeram parte da equipe de campanha, que elegeu a presidente Dilma e da base governamental dela”, ressalta Leal.

Inicialmente, o partido pretende adotar uma postura de alianças, focando na eleição de vereadores nas próximas eleições municipais.

“O maior entrave que temos, no momento, é a pendência com o TRE. Dependemos da aprovação do tribunal para nos articularmos, junto às lideranças populares, para definirmos uma base boa de candidatos em todos os municípios que pretendemos abranger. Mas a tendência é de nos aliar à base governista, inicialmente”, comentou.

Uma dos pontos favoráveis ao PPL em São Carlos, de acordo com Leal, é o aumento do número de cadeiras na Câmara dos Vereadores. Para a próxima eleição, haverá 21 vagas, 8 a mais do que as 13 atuais.

“Isso facilita a eleição de um, dois, até três vereadores, devido ao coeficiente eleitoral. E essa é nossa meta. Além disso, vejo o aumento do número de cadeiras como benéfico ao trabalho da Câmara, pois aumenta o debate e não sobrecarrega os vereadores, que podem desempenhar seu papel com eficiência nas diferentes atribuições da Casa”, finaliza Leal, sob o olhar de Che Guevara.{jcomments on}

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