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Professora Neusa pode ser cassada por destruição de gabinete

Parlamentar teria ficado irritada com o fato de vereadores estarem recebendo propinas e teria quebrado patrimônio público

12/04/2023 23h54 - Atualizado há 2 anos Publicado por: Redação
Professora Neusa pode ser cassada por destruição de gabinete Divulgação

A vereadora Neusa Golineli, mais conhecida como Professora Neusa (CIDADANIA) poderá ter seu mandato cassado nas próximas semanas e também deve ser obrigada a restituir o Poder Legislativo. Ou pode até ser que o Poder Legislativo use o corporativismo e que o caso termine em pizza.

No dia 10 de fevereiro a parlamentar destruiu parte de seu gabinete. Ela teria ficado irritada com alguns vereadores. Não se sabe se brincando ou falando sério, segundo uma fonte, a vereadora teria feito comentários nos corredores da Câmara Municipal, de que alguns parlamentares poderiam estar recebendo vantagens indevidas.

No dia 13 de fevereiro o presidente da Câmara Municipal de São Carlos, Marquinho Amaral (PODEMOS), deu uma entrevista coletiva e revelou que havia registrado boletins de ocorrência na Polícia Civil e também na Guarda Municipal, relatando os fatos. Ele disse que encaminhou o caso à Comissão de Ética da Casa para as devidas providências.

Durante a coletiva, inclusive, Marquinho reclamou pelo fato do relatório a respeito do ocorrido, produzido pelo secretário-geral da Câmara, Rodrigo Venâncio, conter as fotos do gabinete já arrumado após o surto da vereadora, sem as imagens da destruição causada após o descontrole da parlamentar.

A reportagem tentou ter acesso aos boletins de ocorrência, mas a Câmara Municipal se negou a entregar os documentos. Fomos informados que o diretor do Jurídico do Legislativo, Dr. Fábio, estaria numa reunião que não tinha prazo para terminar e que não poderia atender ao PRIMEIRA PÁGINA.

A Comissão de Ética da Câmara Municipal, formada pelos vereadores Dé Alvim (SD), que é o presidente, Raquel Auxiliadora (PT) e André Rebello (UNIÃO), notificou a vereadora Neusa no dia 22 de março e ela tem um prazo de cinco sessões ordinárias para apresentar sua defesa por escrito à Comissão.

Na tarde de ontem a reportagem foi até o Edifício Euclides da Cunha ouvir o presidente Marquinho e os vereadores da Comissão de Ética. Em plena quarta-feira nem o presidente e nem o secretário geral da Câmara, Rodrigo Venâncio, estavam na Casa. Dos vereadores da Comissão de Ética apenas a vereadora Raquel estava em seu gabinete.

A vereadora Raquel afirmou que a Comissão de Ética se reuniu e analisou toda a documentação apresentada pela Polícia Civil, pela Secretaria Geral da Câmara e também da presidência do Legislativo. “Depois disso notificamos a vereadora para apresentar sua defesa por escrito e ela ainda tem prazo para apresentar esta defesa. Depois disso a Comissão de Ética tomará as medidas devidas”, ressalta ela.

A parlamentar disse que considera fundamental o respeito ao Código de Ética. “Precisamos apurar com rigor e exigir o decoro parlamentar do vereador, tanta nas falas quanto nas ações. A fiscalização não deve ser feita somente pelos próprios vereadores, pois é importante que a população também participe. Os poderes são harmônicos, mas todos devem se fiscalizar, seguindo o que prevê a Constituição Federal e as leis”, ressalta ela.

Em entrevista por telefone, o presidente da Câmara, vereador Marquinho afirmou ontem que quando os fatos aconteceram, ele foi pessoalmente ao gabinete da vereadora, fez um relatório e entregou tudo à Comissão de Ética. “Foi uma situação lamentável que não pode, de forma alguma, ocorrer no Poder Legislativo. A vereadora pediu desculpas e se comprometeu a ressarcir os cofres públicos municipais. Fiz boletim de ocorrência tanto na Guarda Municipal quanto na Polícia Civil. Ainda na sessão de ontem (anteontem) cobrei a Comissão de Ética sobre este caso”, destacou o presidente.

SUBSTITUTO

A pergunta que fica no ar a partir de agora e que vai movimentar os analistas da política local é a seguinte: caso se confirme a cassação da vereadora Professora Neusa, quem seria o seu suplente que poderia substituí-la e passar a exercer o mandato do CIDADANIA.

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