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Quem paga a conta?

Confira editorial do Jornal Primeira Página

24/10/2024 17h17 - Atualizado há 2 horas Publicado por: Redação
Quem paga a conta? Reprodução/@LulaOficial

Recentemente, o governo federal, comandado pelo presidente Lula (PT), entrou em divergência com seis governos estaduais, inclusive o de São Paulo, chefiado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), por conta do retorno da cobrança do DPVAT. Os governadores dos seis estados sinalizaram que não irão implementar novamente a cobrança do DPVAT, que havia sido extinta pelo governo Bolsonaro em 2020, porém foi recriada em lei sancionada por Lula neste ano.

A sanha do atual governo federal por criar ou aumentar impostos causa perplexidade e indignação. Vale lembrar que, ano passado, até as “comprinhas da Shein e Shopee”, foram alvo de taxação por parte do governo federal, prejudicando principalmente os mais pobres. O atual Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ganhou até o apelido de “Taxadd”, em função dos seguidos anúncios de aumento de impostos.

Pior ainda é saber que, por outro lado, os governadores da Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba e Sergipe, agindo como capachos de Lula, aceitaram e já irão implementar a cobrança do DPVAT. Entre penalizar a população pobre e agradar Lula, os governadores preferiram bajular o líder petista, decidindo pelo aumento da carga tributária.

Em um momento em que a dívida pública bruta atinge alarmantes 78,5% do PIB, segundo o Banco Central, a prioridade deveria ser a redução de gastos e a implementação de reformas estruturais que realmente tragam eficiência à máquina pública.

A ideia de aumentar a carga tributária em um cenário de crise fiscal é, no mínimo, contraditória. O governo parece esquecer que cada novo imposto ou aumento na alíquota afeta diretamente a capacidade de consumo das famílias e a competitividade das empresas. Em vez de buscar soluções que promovam o crescimento econômico e a geração de empregos, a administração atual parece optar pela saída mais fácil: penalizar ainda mais o contribuinte.

Além disso, a ausência de reformas administrativas que simplifiquem a burocracia e reduzam os custos do Estado é um erro estratégico. A falta de uma visão a longo prazo não apenas perpetua a ineficiência, mas também afasta investidores, essenciais para a recuperação econômica.

É fundamental que o governo Lula reavalie suas prioridades e busque um equilíbrio entre a arrecadação e a promoção de um ambiente propício ao desenvolvimento. O aumento da carga tributária sem a contrapartida de uma gestão pública mais eficiente apenas aprofunda a crise fiscal e perpetua um ciclo vicioso de endividamento.

Em vez de mais impostos, o Brasil precisa de soluções que envolvam redução de gastos, cortes na burocracia e reformas que tornem o Estado mais eficiente. Somente assim poderemos esperar um futuro mais estável e próspero.

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