Saída de secretários motiva debate entre vereadores
A saída dos secretários Edílson Seraphim Abrantes (Saúde) e Caio Graco Vilela Braga (Habitação e Desenvolvimento Urbano) repercutiu durante a sessão da Câmara da última terça-feira (28). As exonerações deles foram publicadas no Diário Oficial de sábado (25).
O vereador Walcinyr Bragatto (PV) classificou a saúde com um “caos”. Ele afirmou que é necessária a estruturação da pasta. “Não é uma questão de trocar de secretários. Tem de ter atitude e respeito ao cidadão”, observou.
Equimarcílias de Souza Freire (PMDB) elogiou a saída de Abrantes. Para ele, o ex-secretário “deixou de pensar a saúde” nos últimos dias de gestão. “Precisamos de um gestor para a saúde, que crie um Plano Diretor sobre o tema. O que não dá é para ter corporativismo entre a classe médica”, relatou.
Freire relembrou o caso do movimento grevista do corpo clínico da Santa Casa no ano passado, que ameaçava paralisar as cirurgias em função das baixas remunerações. Segundo ele, Edílson era um dos médicos que encabeçava o movimento. “Com que autoridade, um secretário pode exigir do subordinado o rigor no cumprimento da carga de trabalho se no passado foi um líder de greve?”, interrogou.
Para o vereador Idelso Paraná (PHS), o governo do Paulo Altomani centraliza as ações em dois secretários municipais Júlio Soldado (Governo) e Júlio César (Planejamento), o que dificulta o trabalho dos demais. “O secretário [Edílson Abrantes] tem mais é que sair”, resumiu.
Em tom de ironia, Paraná exibiu uma cópia de uma placa entregue pelo prefeito Paulo Altomani ao ex-prefeito Oswaldo Barba o elogiando pela administração. Segundo o vereador, esse ato tira a autoridade de Altomani quando critica o PT.
HABITAÇÃO – Sobre a saída do secretário Caio Braga (Habitação), Freire elogiou o governo Altomani. Segundo ele, Braga não tinha competência para a função e demorava até oito meses para a liberação de projetos habitacionais.
Quem partiu em defesa de Braga foi o vereador Lineu Navarro (PT). Ele pediu respeito à família Braga, que foi uma das fundadoras do PSDB de São Carlos, e criticou a postura do vereador do PMDB. “O Caio saiu porque não concordava em assinar desmandos que confrontariam a condição dele como arquiteto”, desabafou o petista, sem mencionar um caso específico.
PROJETOS – Os vereadores aprovaram os seguintes projetos na sessão de ontem. O que declara de utilidade pública a “Associação Reação Ronin Bushido de Artes Marciais, de autoria de Edson Fermiano (PR). Do vereador Dé Alvim, que dá o nome de Augusto Pereira Viana à rua no Parque Vale do Uirapuru. Da Prefeitura de São Carlos, que autoriza o Poder Executivo a conceder subvenção à Arca de São Francisco no valor de R$ 80 mil e créditos adicionais suplementares à secretaria de Trabalho, Emprego e Renda de R$ 457,9 mil, à secretaria de Agricultura e Abastecimento de R$ 300 e à Prefeitura de São Carlos de R$ 2,1 milhões.
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS – A Câmara de São Carlos promove duas audiências públicas nesta quarta-feira, 29. Às 10h, a Secretaria de Saúde apresenta os relatórios de atividades referentes aos primeiros quatro meses de 2013.
Esse relatório deveria ser apresentado pelo ex-secretário de Saúde, Edílson Abrantes, que deixou o cargo no último sábado. A Prefeitura não informou quem irá à Câmara representar a pasta.
Às 16h30 é a vez da Secretaria de Fazenda apresentar o balanço financeiro do município aos vereadores.