POLÊMICA SEGUE!!!

Sem Rodeios entrega abaixo-assinado na Câmara; Bira defende o evento

O debate sobre a realização de rodeios em São Carlos voltou à pauta pública nesta semana com a entrega, por parte do Movimento São Carlos Sem Rodeios, de um abaixo-assinado à Câmara Municipal. A mobilização da sociedade civil, iniciada em 2022 após a aprovação da lei que regulamenta os rodeios na cidade, tem como objetivo pressionar o poder público a rever a autorização para esse tipo de evento, especialmente em função do uso de animais em provas que o grupo considera abusivas.

A entrega do documento aconteceu durante sessão legislativa e foi acompanhada por uma fala da representante do movimento, Carolina Motta Borgonove, que criticou a utilização de bois e cavalos como forma de entretenimento. “Os animais são submetidos a situações de estresse extremo: sons altos, transporte forçado, embarque e desembarque. Já tivemos, inclusive, acidentes envolvendo animais assustados por fogos”, afirmou. Segundo ela, a festa pode e deve acontecer, mas sem a presença de provas que envolvam exploração animal.

Desde a sua fundação, o movimento tem promovido ações de conscientização, como panfletagens e manifestações públicas, buscando dialogar com a população sobre os impactos dos rodeios. “Tivemos acolhimento e apoio de muitas pessoas nas ruas, que nos disseram que também não concordam com esse tipo de espetáculo”, disse Carolina. Segundo ela, além do abaixo-assinado, o grupo espera que uma ação que tramita na Justiça possa impedir a realização do evento.

Do outro lado do debate, o vereador Ubirajara Teixeira, autor da lei que regulamenta os rodeios em São Carlos, defendeu a legalidade e a estrutura do evento. “A lei foi aprovada com base em uma legislação federal e foi avaliada por promotores e autoridades competentes. É constitucional e garante que o rodeio possa acontecer de forma legal”, declarou.

Teixeira também rebateu as críticas relacionadas ao bem-estar animal, afirmando que o rodeio atual é altamente profissionalizado. “Temos médicos veterinários responsáveis por acompanhar os animais. Maus-tratos, como os que circulam em imagens antigas ou isoladas, não condizem com o que ocorre hoje em eventos sérios. Convido as pessoas que criticam a conhecerem de perto um rodeio profissional, antes de formarem opinião baseada em equívocos ou desinformação”, disse.

A polêmica em torno dos rodeios reflete um embate crescente entre tradição e mudanças nas percepções sociais sobre os direitos dos animais. Enquanto os defensores do evento sustentam que ele é parte da cultura e movimenta a economia local, os críticos destacam que o entretenimento não deve se sobrepor ao respeito à vida animal.

Por ora, o rodeio em São Carlos segue confirmado. Mas com pressão popular nas ruas, ações judiciais em andamento e uma sociedade cada vez mais dividida sobre o tema, o futuro desse tipo de evento segue em aberto — e em disputa.

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