Senador Major Olímpio tem morte cerebral confirmada
Por lei a família terá que aguardar 12 horas para confirmação do óbito e está verificando quais órgãos serão doados
Por meio das redes sociais, a família do Senador Major Olímpio (PSL-SP) confirmou ontem a morte cerebral do parlamentar. Ele estava internado na UTI devido a complicações da Covid-19. “Com muita dor no coração, comunicamos a morte cerebral do grande pai, irmão e amigo, Senador Major Olímpio. Por lei a família terá que aguardar 12 horas para confirmação do óbito e está verificando quais órgãos serão doados”, diz a postagem.
Major Olímpio era natural de Presidente Venceslau. Ingressou na Polícia Militar em 1978. Formou-se bacharel em ciências jurídicas e sociais, jornalista, professor de educação física, técnico em defesa pessoal, instrutor de tiro e autor de livros voltados para a questão da segurança. Eleito Deputado Estadual em 2006 e 2010, e em 2015 assumiu seu primeiro mandato como deputado federal após ser eleito no pleito de 2014 com 179.196 votos.
Em março de 2018, Olímpio filiou-se ao PSL, em abril assumiu a executiva Estadual do Partido e em outubro foi o Senador eleito com maior número de votos, com 9.041.708 eleitores o colocando no mandato.
Recentemente, o senador esteve na sede do Jornal Primeira Página e concedeu entrevista à Rádio São Carlos. A direção e os colaboradores do Jornal Primeira Página manifestam seu pesar à família e amigos nesse momento tão complicado.
SUPLENTE – O primeiro suplente de Major Olímpio no Senado Federal é Alexandre Luiz Giordano. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giordano tem 48 anos, se identificou como empresário e se elegeu filiado, assim como Olímpio, ao Partido Social Liberal (PSL), legenda a que pertencia o presidente Jair Bolsonaro, hoje sem partido. Em sua declaração de bens, o empresário declarou ser sócio de empresas nos ramos de metais e mineração. Ao todo, o suplente declarou possuir R$ 1,5 milhão em bens.
Em outubro de 2019, Giordano teve o nome envolvido em um suposto esquema de corrupção no Paraguai. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, engenheiros que depuseram em uma CPI do Congresso do Paraguai sobre desvios na Usina de binacional de Itaipu disseram que o empresário se apresentou como “representante” do governo Bolsonaro para negociar a venda da energia excedente paraguaia ao Brasil.
“Ele se apresentou como um representante eleito do governo. Disse que poderia conseguir a permissão, porque era bem relacionado”, afirmou o engenheiro Pedro Ferreira, ex-presidente da estatal paraguaia Ande, em depoimento à época.