Subvenção para Associação de Futebol gera discussão entre vereadores
A Câmara aprovou, por 10 votos a 5, o projeto de lei da Prefeitura de São Carlos, que concede subvenção de R$ 90 mil à Associação Regional de Futebol (ARF) para o desenvolvimento de atividades esportivas da “Escolinha de Esportes Novo Amanhã”. No final das discussões sobre o projeto, os vereadores Equimarcílias Freire (PMDB) e Walcynir Bragatto (PV) protagonizaram um bate-boca em plenário.
Bragatto chamou a atenção do colega do PMDB, que conversava com o vereador Idelso Paraná (PHS). Freire não gostou da reprimenda e ambos discutiram. O presidente da Câmara, Marquinho Amaral (PSDB) precisou intervir e conter os ânimos.
O projeto foi motivo de amplo debate. Assim como em 21 de maio, o vereador Edson Fermiano (PR) questionou informações que constam no projeto de lei e, segundo ele, são contraditórias. O parlamentar apresentou dados sobre a constituição da diretoria da entidade e os documentos apresentados em cartório. “Em 20 de janeiro há a renúncia do presidente da entidade e em 18 de março ele mesmo encaminha documentação da Associação. Alguma coisa está errada”, afirma Fermiano.
O vereador não concordou com a destinação de R$ 90 mil para a execução de seis meses de convênio. “Se faltam seis meses para a execução do convênio com um custo mensal estimado de R$ 9 mil, a soma é R$ 54 mil. E o restante?”, explica.
Ditinho Matheus (PMDB), o autor da emenda parlamentar saiu em defesa da Associação que, para ele, realiza um trabalho sério na formação para o esporte. “A destinação de verbas para entidades tem uma série de regras a serem cumpridas. Eu acredito no Departamento de Negócios Jurídicos da Prefeitura. É um setor em que as pessoas são muito sérias e não começaram o trabalho ontem”, comenta o parlamentar sobre a análise do projeto.
DESPESAS DEFINIDAS – Matheus afirmou que as despesas da entidade estão bem definidas no Plano de Trabalho. “A Associação realiza trabalho com crianças, idosos e deficientes na área de basquete e futebol. Ninguém pode lançar dúvidas de que existe desonestidade nesse trabalho”, explica. “Não tenho autoridade para duvidar da idoneidade da associação, até que se prove o contrário”, complementou Matheus.
O vereador Roselei Françoso (PT) sugeriu o adiamento do projeto por uma semana, o que não foi acatado pelos demais colegas. Bragatto, o último vereador a discursar antes da votação, pediu respeito ao vereador Freire, que conversava com Paraná. “Você gosta de aparecer”, disse o vereador do PMDB. O representante do PV voltou a pedir respeito. Marquinho Amaral solicitou que o microfone de Freire fosse desligado, mas ambos continuaram o bate-boca.
No final, o projeto foi aprovado por 10 votos a cinco – foram contrários ao projeto os vereadores Lineu Navarro, Dé Alvim e Roselei Françoso (PT), Bragatto (PV) e Fermiano (PR).
Os outros dois projetos de lei da pauta foram aprovados. De autoria da Prefeitura de São Carlos, que altera dispositivos na lei que institui o Fundo Social de Solidariedade; e do vereador Marquinho Amaral (PSDB), que declara de utilidade pública a Associação Orquestra Filarmônica de São Carlos.
Essa associação é uma sacanagam, fiscalizam para ver que bagunça é isso, que disprdício de dinheiro público