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Que assim seja!

01/07/2013 16h01 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Que assim seja!

Diferente do que eu pensava, a vitória do Brasil na Copa das Confederações não abalou o “espírito revolucionário” que antecedeu o campeonato quase um mês atrás. A pergunta que fica para todos os brasileiros é: até quando essa onda de protestos vai durar e, mais do que isso, quais serão as próximas reivindicações?

 

Não dá pra dizer que os resultados “teóricos” desde que os protestos tiveram início no Brasil foram simbólicos. Entre uma conversa aqui e outra ali, legal ver que a passagem de ônibus baixou de preço em um monte de cidades brasileiras (embora não tenha sido uma redução significativa), que se discute plebiscito para reforma política, a formação de uma CPI para investigação planilhas de custos dos transportes coletivos, entre outras “pequenas” realizações que, aqui e ali, estão fazendo com que “a galinha encha o papo”.

No entanto, não precisa nem dizer que muito ainda precisa ser feito. Mas, para começo de conversa, vou a favor dos comentários feitos no Jornal da Cultura pelo filósofo e professor da USP, Vladimir Safatle, que acha perda de tempo, neste momento, se falar em reforma política quando temos tantos fatos mais urgentes a serem resolvidos o quanto antes.

Nunca é demais falar que um desses fatos é pensar em políticas voltadas ao acesso à saúde e educação e uma simultânea discussão a respeito da qualidade das mesmas. Depois disso, verificar os investimentos surreais que vêm sendo feitos para Copa do Mundo e o superfaturamento advindo destes. Passado isso, outro fato importantíssimo: punição aos corruptos. Afinal, se outra vitória conquistada através dos protestos foi transformar a corrupção em crime hediondo, mãos à obra!

Tenho muito receio da banalização dos movimentos de protestos e, sobretudo, do “esfriamento” desses movimentos e até mesmo a falta de foco. Sinto que não serão dados passos para trás, mas agora é a hora de cobrar as promessas dos administradores. Afinal, entre o falar e o agir existe uma distância enorme.

Enquanto isso, que os protestos continuem, que as ações se concretizem e que o Brasil tenha uma administração compatível com as promessas de campanha e com o povo que decidiu colocar a cara na rua e exigir que tudo aquilo que pagamos transforme-se benefícios efetivos a todos. Com tudo isso resolvido, posso pedir paz na Terra e aos homens de boa vontade.

 

 

(*) Jornalista

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