MATHEUS CROBELATTI/AGÊNCIA BRASIL
Com o Dia Nacional do Choro (23), o Sesc 24 de Maio anunciou uma programação extensa na semana para celebrar a data. A data é uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha, um dos maiores expoentes do gênero musical que será homenageado na programação.
O projeto Choraço começou na quarta-feira com diversas atividades como apresentações musicais, rodas de choro, teatro, dança e outros eventos.
No total, serão 20 atividades gratuitas ou com preços acessíveis de grupos e artistas de diferentes gerações e regiões apresentando releituras e novas perspectivas, mostrando como o gênero dialoga com o samba, o baião, o frevo, o maxixe, o lundu e até mesmo com o jazz.
As atividades são voltadas para todas as idades com propostas para a primeira infância, como a apresentação Baile no Colo: Choro!, e também para idosos. Outro destaque vai para o grupo Chora – Mulheres na Roda, que traz o protagonismo feminino e negro dentro do gênero.
Também se apresentam Mestrinho, Guinga, Cristovão Bastos, Toninho Ferragutti, Eudóxia de Barros, além de grupos como Sonhos de Lundu, Chora – Mulheres na Roda (RJ), Regional do Motta e Escola de Choro de São Paulo.
A programação se estende para outras cidades com ações nas unidades do Sesc de Santos e São José dos Campos, além de atividades formativas nos Centros de Música do Sesc Consolação e Sesc Vila Mariana.
RIO DE JANEIRO
A quarta-feira (23) é Dia de São Jorge, feriado no estado do Rio de Janeiro. Mas o santo celebrado por cariocas e fluminenses passou a dividir seu dia com os chorões. Desde o ano 2000, o 23 de abril também é Dia Nacional do Choro, um gênero musical brasileiro, nascido no Rio.
A data, estabelecida na Lei 10.000/2000, assinada pelo então presidente da República Fernando Henrique Cardoso, foi escolhida para homenagear o nascimento de outro “santo”: o pagão “São Pixinguinha”, como dizem nas rodas de choro. O detalhe é que, na verdade, Pixinguinha nasceu em 4 de maio de 1897 ─ como pesquisadores da música brasileira posteriormente desvendaram a exemplo do cavaquinista Henrique Cazes, professor do Programa de Pós-Graduação Profissional em Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), autor de quase uma dezena de livros sobre o choro e seus personagens.