BALANÇO UNIVERSITÁRIO
Ontem, a reitora da UFSCar, Profa. Dra. Ana Beatriz de Oliveira, abriu o jogo no programa Primeira Página no Ar da São Carlos FM 107.9. Fez um raio-x da gestão, relembrou a pandemia e avisou: “não fui candidata, fui convocada”. E ainda saiu aplaudida por não ter deixado a universidade parar — ou pior, virar EAD permanente. Em tempos de cortes e polarização, conduzir uma federal virou quase um curso de sobrevivência com doutorado em paciência.
DÉFICIT COM DOUTORADO
A reitora contou que o orçamento da UFSCar hoje é metade do que era em 2014 — com o dobro de cursos e alunos. Matemática de Brasília: fazer mais com menos e agradecer se a luz não for cortada. Mesmo assim, Ana Beatriz segue firme, equilibrando contas, alunos e expectativas. Se a reitoria fosse reality show, ela já teria vencido o “Big Brother do MEC” com liderança em todas as semanas.
INCLUSÃO DE VERDADE
Enquanto muita gente usa o termo “inclusão” só pra discurso bonito, a UFSCar segue fazendo o dever de casa. Tem vestibular indígena, processo para pessoas trans e programas de permanência estudantil que garantem até almoço a preço de saudade. O RU segue firme — e barato. Só não serve é vaidade, essa a reitora não colocou no cardápio.
PARCERIA COM A PREFEITURA
Ana Beatriz também elogiou a boa relação com o prefeito Netto Donato (PP). Disse que a UFSCar e a Prefeitura caminham juntas em projetos de inovação, saúde e educação. Parceria elogiável — até porque, convenhamos, quando a universidade e o município se entendem, o resultado é conhecimento com endereço certo. Agora é torcer pra que os dois sigam trocando mais ideias do que ofícios.
REUNIÃO
Aliás, Netto Donato reuniu novamente seu secretariado municipal. Na pauta, o controle de gastos e o planejamento dos dois meses que restam do ano. Traduzindo: “gente, segura o caixa que o Natal vem aí e o Papai Noel do orçamento está de dieta”. A turma saiu da reunião com cara de quem ouviu a palavra “contingenciamento” como se fosse palavrão.
ALÉM DISSO…
Teve reunião com os vereadores da base, e — surpresa nenhuma — Bira Teixeira (Podemos) não apareceu. Afinal, quem pula fora do barco não costuma voltar pra reunião de tripulação. Agora, chama a atenção o silêncio do Podemos local… o partido parece em modo “avião”, talvez pra não perder o som dos cargos que ainda ecoam no governo.
MUDANÇA
João Batista da Silva foi transferido da Diretoria de Manutenção dos Próprios Públicos para a de Áreas Verdes. Parece promoção, mas dizem que foi mais um “vai ali e não volta agora”. Em tempos de poda orçamentária, nada mais simbólico do que ser nomeado justamente pra cuidar das podas.
EMERGENCIAL
Com contratos vencidos e prestadores batendo na porta cobrando, a Prefeitura resolveu contratar emergencialmente a empresa CBA Construtora e Serviços Ltda para limpeza e conservação predial. Emergencial é modo educado de dizer “deu ruim e agora vai assim mesmo”. Parece que a faxina começou pelas contas.
METANOL
O gabinete de crise do Governo de São Paulo contra a contaminação por metanol completou um mês. O governo promete ação rápida e integrada. Rápida até que é, mas integrada… só se for à ressaca. Pelo menos agora estão cuidando pra que o povo não morra de “happy hour adulterado”.
VALE LEMBRAR
A Prefeitura de São Carlos também entrou no combate às bebidas adulteradas. Boa! Porque tem boteco vendendo “combustível de foguete” disfarçado de pinga artesanal. E tem consumidor jurando que o gosto forte é “produção caseira”.
ABAIXO-ASSINADO
Um documento que circula nas redes sociais está tirando o sono de quem anda pelas ruas da Vila Elizabeth — e de quem devia estar cuidando delas. Moradores se uniram num abaixo-assinado pedindo mais segurança pública, com direito a alerta no link: “não é vírus”. O recado foi direto ao comandante do 38º Batalhão da Polícia Militar da cidade: “Tem furto todo dia e idoso dormindo com medo.”
MOVIMENTO GANHANDO FORÇA
O abaixo-assinado, criado no dia 29 de outubro, ganhou força nas redes e já virou símbolo do clamor popular por mais policiamento e câmeras de monitoramento da Guarda Municipal. E o mais curioso: o movimento partiu dos moradores, não dos políticos. Sinal de que o povo cansou de esperar segurança só no discurso — quer ação nas ruas, e não só promessa em ata de reunião.
ALERTA POLÍTICO
Os comentários nas redes sociais e o princípio de vaia — ainda tímido, mas real — contra o prefeito Netto Donato acendem um sinal amarelo no Paço Municipal. Tá na hora de parar de ouvir os puxa-sacos de plantão dizendo que “tá tudo ótimo” e começar a ajustar o rumo. Trabalho e boa vontade o prefeito tem de sobra — só falta calibrar o retrovisor pra ver quem tá ajudando… e quem só tá pendurado no cargo.
PRA TER IDEIA?
Chegou informação quente à coluna de que vários cargos de confiança resolveram, por conta própria, “emendar o feriadão prolongado”. Resultado: algumas secretarias faltando gente, cadeiras frias e telefones mudos. Se o prefeito der um pulinho de surpresa, vai achar que decretaram ponto facultativo secreto. A pergunta que fica é: será que também vão querer “emendar” o 13º? Perguntar não ofende!
