SERVIDOR DE FÉ
No Dia do Servidor, Débora Gonzalez resumiu, na São Carlos FM, o espírito da categoria: gente que trabalha, mesmo quando o sistema insiste em travar. São eles que fazem o país funcionar — e às vezes, consertam a impressora também. O problema é que, diferente do Wi-Fi das repartições, o servidor público não pode cair.
SURTO ESCOLAR
A dirigente foi direta: a geração atual sabe tudo de rede, menos de convivência. Sete psicólogos atendendo seis escolas cada um — e ainda tem gente que acha que o problema é falta de conteúdo. Na real, tem aluno surtando, pai brigando e professor respirando por aparelho motivacional.
AULA SEM TIKTOK
Débora comemorou o efeito da lei que proíbe celular nas aulas. Alunos mais atentos, professores menos desesperados e menos vídeos virais de “aula interrompida por TikTok”. O estudante pode levar o aparelho, mas não usar — parece simples, mas pra alguns é mais difícil que passar em Matemática.
ESCOLA NA MIRA
A Arlindo Bittencourt já está pronta pra funcionar como escola cívico-militar — só falta o TCU liberar o play. Enquanto isso, os pais interessados aguardam ansiosos. No país onde aluno faz dancinha no corredor, uma escola que ensina respeito ao hino parece coisa revolucionária.
MILAGRE NA EDUCAÇÃO
Com 75,9% das crianças alfabetizadas e 20 escolas de período integral, Débora mostrou que, quando o Estado funciona, dá gosto de ver. O problema é convencer o contribuinte de que o mérito não é do acaso. Alfabetizar criança no Brasil é quase um ato de fé — e o servidor é o verdadeiro milagreiro.
ÔNIBUS INVISÍVEL
Júlio César foi direto: o contrato prevê 80 ônibus, mas no fim de semana só aparecem 20. O resto, aparentemente, virou transporte imaginário. A população espera no ponto, mas o coletivo virou conceito. Se o descumprimento fosse esporte, a empresa já estava na Libertadores.
PEC DA BLINDAGEM
O vereador não poupou ironia: “Blindagem é pra quem tem rabo preso.” Enquanto isso, Brasília insiste em tentar se proteger da transparência como vampiro foge do sol. Dinheiro público precisa de luz — e não de vidro fumê.
STF TURBINADO
Duzentos novos cargos no Supremo. Segundo Júlio, o Brasil vive o oposto do ajuste: o povo corta o almoço, e o Judiciário contrata garçom. E ainda querem liberar nomeação de parentes — o famoso nepotismo gourmet. No país da crise, o Estado segue firme: engordando.
MINIFÉRIAS, GRANDES DESCANSOS
Quatro dias de folga pros servidores públicos de São Carlos. Nada mal! A dúvida é: será que o pessoal da prefeitura foi pra Acapulco com o Chaves ou ficou treinando pra próxima “ponte oficial”? Vida dura essa… o servidor descansa e o contribuinte paga a conta — de novo.
FUTSAL, FÚRIA E FIASCO
O que era pra ser noite de bola e aplausos virou cena de filme policial no Ginásio Milton Olaio Filho. Um gesto obsceno de um árbitro acendeu o pavio e a partida terminou em pancadaria. Fica a lição: em São Carlos, até o futsal entrou no clima de bate-boca. Eita!
SÃO JUDAS DOS CARGOS
Cargos de confiança foram vistos na missa de São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis. Coincidência ou campanha antecipada? Vai ver estavam lá pedindo pra manter o crachá por mais três aninhos. Fé é importante — mas milagre, só se o santo quiser mesmo.
CIRURGIA EM SÉRIE
Enquanto uns emendam feriado, a Santa Casa operou 45 vezes num único dia. É tanto bisturi em ação que o centro cirúrgico parece mais produtivo que muito lugar por aí. Pelo menos ali, quando dizem que vão “cortar”, é no sentido certo.
FILAS, NÃO — RESULTADOS
De 7,6 mil pra 8,2 mil cirurgias em um ano. A Santa Casa subiu o ritmo e a média diária já bate 30 procedimentos. Se eficiência fosse política pública, o hospital já estaria eleito. Lá, o corte é preciso — e, com anestesia, não dói no contribuinte.
SESSÃO DE VOLTA
Depois do merecido descanso, os vereadores retornam hoje para a sessão ordinária. É hora de trocar o modo feriado pelo modo plenário — com café forte, pauta cheia e aquele clima de “vamos que vamos”, porque a cidade não para… só deu uma pausadinha estratégica.