Da Redação
A WWS Services Prestadora de Serviços Ltda., responsável pelos contratos de limpeza e portaria junto ao Município de São Carlos, divulgou uma nota de esclarecimento nesta terça-feira (15) para explicar a situação dos salários e benefícios dos colaboradores que atuam nos prédios públicos municipais. A empresa afirma que a Prefeitura reteve mais de R$ 1 milhão em valores referentes a serviços já prestados, o que inviabilizou o pagamento integral da folha.
De acordo com o comunicado, as retenções foram feitas de maneira considerada “injusta” pela empresa, que ingressou com ação judicial para obter a liberação dos recursos. O impasse teria se agravado após a criação, pelo sindicato da categoria, de um novo benefício — o “Prêmio Assiduidade”, no valor de R$ 300 por colaborador — instituído em 2025. O adicional não estava previsto nos contratos originais e, segundo a WWS, gerou um desequilíbrio financeiro de cerca de 25%.
A empresa sustenta que, por atuar exclusivamente como gestora de mão de obra, todos os custos trabalhistas definidos em convenções coletivas devem ser repassados pela Prefeitura, contratante dos serviços. Ainda assim, segundo a nota, o município negou o pedido de reequilíbrio econômico-financeiro, exigindo que a empresa pagasse o benefício sem o devido repasse e retendo os valores correspondentes nas notas fiscais.
O comunicado também menciona retenções adicionais relacionadas às verbas rescisórias de ex-funcionários, mesmo com um acordo firmado com o sindicato para pagamento parcelado. “Os valores estavam sendo quitados conforme o previsto, mas o Município reteve integralmente os montantes, inclusive parcelas já pagas, sem que a empresa pudesse se defender”, afirma a nota.
A WWS afirma ainda que enviou diversos ofícios e e-mails à Prefeitura solicitando a liberação dos valores ou, ao menos, a autorização para que os pagamentos fossem feitos diretamente aos funcionários, mas não obteve resposta. A empresa reforça que está utilizando todos os meios legais para regularizar a situação e garantir o recebimento pelos trabalhadores.
A empresa critica, ainda, a postura dos vereadores Djalma Nery e Fernanda Castellano, ambos do PSOL, que fizeram declarações públicas, na sessão desta terça-feira, 14, contra a empresa sem antes buscar esclarecimentos oficiais. “Lamentamos que representantes do Legislativo se pronunciem sem ouvir todos os lados. A empresa tem atuado com transparência e respeito aos trabalhadores, e espera que o debate público seja conduzido com responsabilidade e imparcialidade”, destacou.
A WWS encerra o comunicado reafirmando seu compromisso com a transparência e com os colaboradores, e pede que o município reverta as retenções e restabeleça o equilíbrio contratual, garantindo a continuidade dos serviços e o pagamento dos salários.
