“Parece que no trânsito é um contra o outro”
Andar de bicicleta é uma das atividades de lazer mais comuns na infância. Mas muitos continuam a praticá-la depois de adulto, seja por lazer, esporte ou até mesmo por necessidade de locomoção.
Mas a atividade passa ser um perigo quando é feita de forma insegura e em lugares sem respeito ao ciclista. Como é o caso das vias públicas da cidade.
Muitas pessoas que usam suas bicicletas para trabalhar ou fazer seus passeios correm grande risco ao pedalar pelas e ruas e avenidas. Sem espaço e com a imprudência de alguns motoristas, muitos acidentes são causados.
O técnico de informática, Wellington Mauricio, anda de bicicleta com mais frequência há dois anos depois que sofreu um grave problema de saúde. O ciclismo foi a melhor escolha para manter o peso e cuidar saúde, como não queria ficar preso a uma academia, preferiu praticar um esporte ao ar livre. A partir dessa escolha, passou a pedalar com um grupo de amigos.
O grupo costuma andar de bicicleta de três a quatro vezes por semana em torno de 40 km, e aos finais de semana estende um pouco mais, chegando aos 90 km. Os trajetos mais realizados são: São Carlos e Ibaté, o cerrado da UFSCar, Aparecida de Babilônia.
De acordo Wellington, andar de bicicleta na cidade é complicado por vários motivos: não tem ciclovias e as vias não são adequadas. Além da falta de sinalização e de educação de alguns motoristas. São diversos casos sofridos pelos ciclistas, os motoristas passam muito próximos da bicicleta, cortam a frente e não usam as setas para indicar alguma conversão.
“Parece que no trânsito é um contra o outro, cada um querendo o seu espaço. E na verdade isso não pode acontecer, tem que haver o respeito e o espaço a todos”, comenta Wellington.
Segundo o grupo, é necessária uma campanha de conscientização para o respeito no trânsito. Até mesmo com base nas leis do código de trânsito. Os ciclistas ressaltam a necessidade dos equipamentos de segurança e dizem que todos os adeptos devem regras de conduta também.
Na cidade, Cláudio Silva diz que só anda em extrema necessidade por causa do alto risco de pedalar entre os carros. Como mora próximo ao shopping, a avenida ‘Marginal’ é o caminho mais usado e em horários de maior movimento é quase impossível andar com segurança pelo local. A falta de espaço físico entre os carros é o mais complicado. Além de guiar a bicicleta, você precisa se preocupar também com os carros a sua volta. O perigo é constante”, comenta Silva.
A prefeitura indica para prática da atividade áreas de pouco tráfego de veículos, porém, devido à necessidade de deslocamento por motivos como trabalho, escola entre outros, sempre é necessário que sejam respeitadas as regras de trânsito. O planejamento e implantação de ciclovias no município também são realizados pela Secretária de Transporte e Trânsito como uma forma de segurança aos ciclistas.