Marinho: governo não admitirá qualquer tipo de retorno do imposto sindical
O secretário especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, foi enfático
ao voltar a negar nesta última segunda-feira, 9, que o governo patrocinará
qualquer projeto que proponha o retorno do imposto sindical.
“Eu sou o Rogério Marinho, relator da
reforma trabalhista. Eu paguei um preço (não ser reeleito) pelo fim do imposto
sindical. Em nenhum momento defendemos no passado, defendemos agora ou
defenderemos no futuro a volta dessa obrigatoriedade”, respondeu
O governo estuda enviar ao Congresso uma
proposta de reforma sindical e criou um grupo de trabalho, coordenado por
Marinho. O secretário, porém, afirmou que a proposta não inclui uma nova fonte
de financiamento para os sindicatos.
“A linha mestre do trabalho desenvolvido
pelo grupo de estudo é a retirada do Estado da relação entre quem emprega e
quem trabalha. Se houver alguma proposta nesse sentido, não há nenhuma
possibilidade de prosperar. Essa é uma posição minha, do ministro da Economia,
Paulo Guedes e do presidente Jair Bolsonaro. Não há como defender a volta de
nenhuma compulsoriedade”, completou.
O grupo de trabalho deve apresentar um relatório
final até o dia 10 de fevereiro. Segundo o secretário de Trabalho do Ministério
da Economia, Bruno Dalcolmo, os especialistas que fazem parte do grupo
trabalham com absoluta autonomia e os relatórios preliminares já apresentados
ainda não teriam sido analisados pela pasta.
“É prematuro falar de qualquer um dos
pontos, mas o governo não admitirá qualquer tipo de retorno do imposto
sindical. Essa é uma página virada do País”, concluiu Dalcolmo.