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Pandemia limitou campanha e ajudou na reeleição de prefeitos

Na Região Central Paulista, somente Nanado, de Ribeirão Bonito não conseguiu a reeleição, perdendo pleito por 32 votos

17/11/2020 18h37 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Pandemia limitou campanha e ajudou na reeleição de prefeitos Foto: Divulgação

O avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil levou a mudanças estruturais no calendário das eleições municipais de 2020 e ajudou muito os prefeitos da região a se reelegerem. Na Região Central, somente Nanado (Ribeirão Bonito) não conseguiu o segundo mandato. Foram reeleitos Airton Garcia (São Carlos), Rômulo Rippa (Porto Ferreira) Becão Reschini (Descalvado), Zé Parrella (Ibaté) e Edinho Silva (Araraquara), entre outros. Em Itirapina, Zé Maria (PMDB) já completava oito anos de poder . Em Santa Rita do Passa Quatro o prefeito Leandro Pilha (PSDB) também já havia sido reeleito.

Diante da pandemia , o primeiro turno passou de 4 de outubro para 15 de novembro. Nas cidades em que houver segundo, o pleito foi adiado para 29 de novembro.

O impacto da crise sanitária, no entanto, vai além das datas. As medidas necessárias para diminuir o contágio do vírus, como a proibição de aglomerações afetaram um processo que normalmente se baseia em ações presenciais. Foi  o caso de comícios, atos públicos e a campanha corpo a corpo, nos quais abunda o tipo de contato físico que hoje deve ser evitado, como apertos de mão e abraços.

Desde a realização das convenções,  salvo exceções, as siglas priorizaram atividades virtuais para evitar aglomerações. Os partidos que promoveram ações presenciais tentaram restringir a presença de filiados ao mínimo possível.

Essa era uma das recomendações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para 2020. O tribunal tem feito uma série de orientações sanitárias para partidos e candidatos sobre o pleito que  elegeu prefeitos e vereadores.

Eleições municipais são pautadas por problemas locais e, nas cidades, o avanço da doença restringiu a circulação de pessoas, interrompeu aulas, afetou a economia e gerou desemprego.

Em paralelo, enquanto adotava um remédio sem eficácia comprovada como principal bandeira contra a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro criticou gestores municipais e estaduais que adotaram medidas restritivas contra a doença para tentar conter o contágio, trazendo a estratégia de contenção da crise sanitária para o centro do debate político em 2020.

George Avelino, professor da FGV Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo), onde coordena o Cepesp (Centro de Política e Economia do Setor Público) explica que como os que precisam mais de campanhas eleitorais são os desafiantes aos atuais detentores de cargos, ao restringir as estratégias eleitorais corpo a corpo, a pandemia deve favorecer os que já estão no poder, os incumbentes. “Em outras palavras, devemos observar taxas de reeleição maiores que as anteriores”.

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