2 de Maio de 2024

Dólar

Euro

Eleições 2020

Jornal Primeira Página > Notícias > Eleições 2020 > Pandemia limitou campanha e ajudou na reeleição de prefeitos

Pandemia limitou campanha e ajudou na reeleição de prefeitos

Na Região Central Paulista, somente Nanado, de Ribeirão Bonito não conseguiu a reeleição, perdendo pleito por 32 votos

17/11/2020 18h37 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Pandemia limitou campanha e ajudou na reeleição de prefeitos Foto: Divulgação

O avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil levou a mudanças estruturais no calendário das eleições municipais de 2020 e ajudou muito os prefeitos da região a se reelegerem. Na Região Central, somente Nanado (Ribeirão Bonito) não conseguiu o segundo mandato. Foram reeleitos Airton Garcia (São Carlos), Rômulo Rippa (Porto Ferreira) Becão Reschini (Descalvado), Zé Parrella (Ibaté) e Edinho Silva (Araraquara), entre outros. Em Itirapina, Zé Maria (PMDB) já completava oito anos de poder . Em Santa Rita do Passa Quatro o prefeito Leandro Pilha (PSDB) também já havia sido reeleito.

Diante da pandemia , o primeiro turno passou de 4 de outubro para 15 de novembro. Nas cidades em que houver segundo, o pleito foi adiado para 29 de novembro.

O impacto da crise sanitária, no entanto, vai além das datas. As medidas necessárias para diminuir o contágio do vírus, como a proibição de aglomerações afetaram um processo que normalmente se baseia em ações presenciais. Foi  o caso de comícios, atos públicos e a campanha corpo a corpo, nos quais abunda o tipo de contato físico que hoje deve ser evitado, como apertos de mão e abraços.

Desde a realização das convenções,  salvo exceções, as siglas priorizaram atividades virtuais para evitar aglomerações. Os partidos que promoveram ações presenciais tentaram restringir a presença de filiados ao mínimo possível.

Essa era uma das recomendações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para 2020. O tribunal tem feito uma série de orientações sanitárias para partidos e candidatos sobre o pleito que  elegeu prefeitos e vereadores.

Eleições municipais são pautadas por problemas locais e, nas cidades, o avanço da doença restringiu a circulação de pessoas, interrompeu aulas, afetou a economia e gerou desemprego.

Em paralelo, enquanto adotava um remédio sem eficácia comprovada como principal bandeira contra a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro criticou gestores municipais e estaduais que adotaram medidas restritivas contra a doença para tentar conter o contágio, trazendo a estratégia de contenção da crise sanitária para o centro do debate político em 2020.

George Avelino, professor da FGV Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo), onde coordena o Cepesp (Centro de Política e Economia do Setor Público) explica que como os que precisam mais de campanhas eleitorais são os desafiantes aos atuais detentores de cargos, ao restringir as estratégias eleitorais corpo a corpo, a pandemia deve favorecer os que já estão no poder, os incumbentes. “Em outras palavras, devemos observar taxas de reeleição maiores que as anteriores”.

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x