Novembro Azul
Então, como se prevenir? A melhor forma de prevenção é o diagnóstico precoce
Nesse primeiro domingo de novembro falaremos sobre a campanha do “Novembro Azul”. A campanha tem como objetivo conscientizar sobre o câncer de próstata. E também se discutem questões como depressão masculina.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de próstata é o tipo de câncer mais comum entre os homens. Atingindo mais de 28% deles. Isso resulta na morte de cerca de um homem a cada 38 minutos como resultado. E alguns fatores de risco, são: histórico familiar de câncer de próstata (pai, irmãos ou tios) e sobrepeso.
Infelizmente, em suas fases iniciais esse tipo de câncer não apresenta sintomas. Desse modo, quando se percebe um sintoma, significa que o tumor maligno já está avançado. E, dentre estes, estão: vontade de urinar com frequência e dor ao fazê-lo, dores nos ossos e presença de sangue na urina ou sêmen.
Então, como se prevenir? A melhor forma de prevenção é o diagnóstico precoce. Por isso, é recomendado que homens com mais de 45 anos conversem com seus médicos de referência para realizar o exame de toque retal, podendo assim acompanhar possíveis alterações na glândula.
Ademais a campanha se faz importante, pois a população masculina brasileira não tem o costume de acessar o sistema de saúde. E a campanha acaba por atrair e conscientizar o público sobre questões de saúde no geral. Essa conscientização se faz nos exames de glicemia, hemogramas, dosagem de colesterol, testes de urina, atualização da carteira vacinal, aferições de pressão e com acompanhamento em saúde mental, por exemplo.
Ao receber a notícia de que se tem um câncer de próstata é comum que os pacientes apresentem mecanismos de defesa, como: reprimir a informação para não sofrer, se isolar de amigos e familiares e tentar racionalizar o momento (não dando espaço aos sentimentos, que acabam por somatizar, ou seja, aparecem como sintomas físicos). Além disso, há uma alta incidência de sintomas depressivos nessa população, que igualam o diagnóstico a uma sentença de morte.
Em todos esses casos, pesquisas mostram como a psicoterapia é altamente eficaz em ajudar e acolher essas pessoas. Assim, podendo fornecer uma maior qualidade de vida a essa população. Pois, permite que fortaleçam suas redes de apoio, tomem consciência do momento que vivem e estejam melhores preparados psicologicamente para enfrentá-lo. Nesse mês de novembro, lembre-se de cuidar de si, e que esse cuidado não precisa ser feito sozinho.
Psicólogo formado pela PUC-Campinas.
Psicanalista pós-graduado pela Mackenzie-SP.
Especializado em Psicanálise, Gênero e Sexualidade pelo Instituto Sedes Sapientiae.
Matheus Wada Santos
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