Dia mundial da luta contra a obesidade
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A data de 4 de março é considerada o Dia Mundial da Luta Contra a Obesidade pelo campo da saúde. Os objetivos do dia são: conscientizar sobre a doença e diminuir os estigmas ao seu redor, promover debates e melhores políticas públicas de enfrentamento para a condição, assim como buscar formas cada vez mais eficazes de prevenção e tratamento para a obesidade.
Para a OMS (Organização Mundial da Saúde) a obesidade é definida como o excesso de gordura corporal em uma quantidade que leve a prejuízos a saúde do indivíduo. O que é diferente de se considerar uma pessoa acima do peso de acordo com um determinado padrão de beleza.
Ademais, a obesidade é atualmente um dos principais fatores de risco para doenças não transmissíveis, como: diabetes tipo 2, AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais), hipertensão e algumas formas de câncer. E de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2020, 25% da população já era atingida pela doença.
Tem-se também que a obesidade traz consequências psicológicas. Dentre elas: depressão, ansiedade, dismorfia (imagem corporal prejudicada), baixa autoestima, transtornos alimentares (como compulsões, anorexias ou bulimias), estresse e baixa qualidade de vida.
Para além da dificuldade de enfrentamento de uma doença, as pessoas obesas precisam também enfrentar preconceitos, elas são constantemente envergonhadas e culpadas pela sua condição. O que acaba por dificultar que busquem por tratamento.
Esse preconceito acaba muitas vezes aparecendo até naqueles que deveriam fornecer cuidado, como médicos e familiares. Estes que não entendem que a obesidade, assim como outras doenças crônicas, tem causas profundas e complexas, que são: dietéticas, genéticas, psicológicas, socioculturais, econômicas e ambientais.
Para a psicologia, sabe-se que o comer aparece muitas vezes como uma estratégia de compensação, então se recorre repetidamente ao alimento buscando uma satisfação que (por ser muito curta) precisa ficar sendo revivida de forma constante. No entanto, essa estratégia apenas é um sintoma e é preciso buscar a raiz do problema, o que leva ao comer.
Sabe-se que disfunções emocionais, cognitivas e sociais agem na manutenção da compulsão alimentar. Por isso, o atendimento psicológico se faz de extrema importância no tratamento da obesidade. Porém não é o único.
A obesidade, como citado acima, é uma doença e precisa ser entendida como tal. Para vencê-la é preciso de uma abordagem multifatorial, que envolve: terapia, diminuição da ingestão de calorias, inclusão de atividades físicas na rotina, buscar espaços seguros para se compartilhar suas experiências e mudanças de hábitos alimentares e de vida, com o auxílio de profissionais da saúde. E em alguns casos mais sérios, pode incluir o uso de medicamentos ou cirurgias.
Matheus Wada Santos
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