Bolsonaro diz que situação é grave, mas não deve haver pânico
O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (18) que a
disseminação do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil preocupa o governo, mas
pediu o empenho da população para seguir as orientações das autoridades e
evitar o clima de pânico no país.
“Primeiro, também diria que o pânico não leva a lugar nenhum. Repito que o
momento é de grande preocupação, é de grande gravidade, mas devemos evitar que
esse clima chegue a nós, adotando essas medidas”, afirmou durante coletiva
de imprensa, no Palácio do Planalto, ao lado de oito ministros. Todos estavam
usando máscaras de saúde.
“Teremos dias difíceis, dias duros pela frente. Agora, serão menos
difíceis se cada um de vocês se preocupar consigo, com seus parentes e com os
seus amigos. Somente dessa forma, seguindo os preceitos ditados pelo Ministério
da Saúde, como, em primeiro lugar, medidas básicas de higiene, nós podemos
alongar a curva da infecção, e de modo que nós, Poder Executivo, através dos
nossos meios, hospitais e demais órgãos de saúde, atender aqueles que
necessitarem, e atender com qualidade”, acrescentou.
De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, o Brasil tem 291
casos confirmados da doença e 8,8 mil em investigação. Três pessoas morreram.
Durante a coletiva, o ministro Paulo Guedes anunciou que o governo distribuirá
vouchers (cupons) por três meses para proteger os trabalhadores informais, as
pessoas sem assistência social e a população que desistiu de procurar emprego.
A medida consumirá R$ 15 bilhões, sendo R$ 5 bilhões por mês.
O governo também anunciou que imóveis do programa habitacional Minha Casa Minha
Vida, ainda desocupados, serão reservados para abrigar pacientes que precisem
ficar isolados por causa do novo coronavírus.
Outra medida em andamento, segundo o ministro Luiz Henrique Mandetta, é a
disponibilização de um sistema de teleatendimento em saúde para a população
para responder dúvidas e dar orientações sobre o novo coronavírus (Covid-19).
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, anunciou medidas para socorrer
as empresas aéreas, que tiveram mais de 50% de redução da demanda, por conta
dos fechamentos de fronteiras e cancelamentos de voos domésticos e
internacionais.