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Cerca de 200 mil alunos conseguem acessar o aplicativo Centro de Mídias SP

30/04/2020 18h44 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Cerca de 200 mil alunos conseguem acessar o aplicativo Centro de Mídias SP Foto: Divulgação

Na última segunda-feira (27) os alunos da rede estadual de ensino retomaram os seus estudos por meio do ensino à distância

As aulas na rede estadual de ensino foram retomadas na última segunda-feira (27), por meio de um aplicativo denominado Centro de Mídias SP (CMSP), um recurso digital criado especificamente para atender essa demanda, após cerca de um mês de suspensão das aulas presenciais devido ao novo coronavírus.
Mas, o primeiro dia de aula não foi satisfatório porque teve muitos problemas enfrentados pelos 3,5 milhões de estudantes no Estado. O principal problema foi de que o sistema Centro de Mídias SP não comportou o acesso simultâneo e os estudantes relataram dificuldade de acesso. Na região de São Carlos, são cerca de 40 mil alunos.
Os alunos de cada ano letivo foram divididos por horário para acessar às aulas, mas houve problemas de acesso, de acordo com a Débora Gonzalez Costa Blanco, Dirigente Regional de Ensino – Região de. São Carlos. “Foram quase 200 mil acessos, com sucesso, ontem no aplicativo CMSP. A equipe técnica da Secretaria de Educação (Seduc) estão fazendo os ajustes necessários para garantir o acesso de todos os estudantes. Esses ajustes já estavam previstos, pois sabemos o tamanho da nossa rede. Os estudantes com dificuldades de acesso poderão fazer contato com as escolas que elas poderão para solucionar o problema. Nesse período de ajustes nenhum estudante será prejudicado por falta de acesso”, explica.
A dirigente Debora informa que a partir desta quinta-feira (30) iniciaremos as entregas do material impresso para acompanhar as aulas e executar as tarefas. Ela informa também que nesse período de ajustes nenhum estudante será prejudicado por falta de acesso.
De acordo com ela, é importante ressaltar que a internet é totalmente patrocinada para alunos e professores, e posteriormente serão gerados relatórios de acesso. A internet é totalmente grátis. A TV aberta e o material impresso foram pensados para apoiar esses estudantes. No retorno às aulas, será feito uma avaliação e oferecer recuperação para todos os estudantes que apresentarem defasagem.
Já, o Conselheiro Estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), Ronaldo Motta, disse que além dos problemas de acesso, o Centro de Mídias não traz motivação ao aluno. “Então foram muitos problemas e além dos problemas do próprio Centro de Mídias, os alunos indicam um pequeno envolvimento com essa plataforma digital, ou seja, não há uma motivação para de fato acompanhar essas aulas por esse processo”, critica.
O segundo problema é que temos cerca de 700 mil alunos em situação de risco, e esses alunos ficam excluídos, ressalta o conselheiro Motta. “O levantamento da Secretaria de Educação indica que a gente tenha em torno de 700 mil alunos em situação de risco, ou seja, de extrema miséria, significam que esses alunos não têm equipamento e formas de acessar essas plataformas digitais e que ficam completamente excluídos. Então de fato, isso é um paliativo”, enfatiza.
“Mas, não é possível a gente considerar que essa forma será uma forma alternativa ao ensino presencial, essa contínua de fato insubstituível. Então de fato, são muitos problemas e pouquíssima adesão dos alunos para essa plataforma”, alerta o conselheiro da APEOESP, Ronaldo Motta.

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