Imperatriz traz Zico, Glória Maria e muitas cores
O ex-jogador Zico, que foi homenageado pela Imperatriz Leopoldinense ano passado, desfila de novo pela escola verde e branca. Ele torce pela Beija-Flor mas disse que agora também tem carinho especial pela Imperatriz. “Assisti à Beija-Flor e é uma das favoritas. Voltou a ser a Beija-Flor que a gente conhece. Não rolou ciúme (por causa do enredo do ano passado), tenho zero problema com a Beija-Flor”, disse, na concentração, há pouco.
Ao lado ex-jogador Zico, a jornalista Glória Maria é destaque na frente do desfile da da escola de samba. Eles estão num tripé que vem antes do abre-alas. A Imperatriz vai cantar a negritude e louvar a África no enredo que homenageia Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul. “É uma causa muito nobre, sempre falo sobre racismo com meus jogadores”.
O abre-alas da Imperatriz é impressionante, pela exuberância das cores e movimento. O carro traz na frente esculturas de animais em tons cítricos de amarelo, vermelho, azul e verde e no centro aves gigantescas que giram.
Mal estar – Pelo menos duas pessoas foram retiradas em cadeira de rodas do terceiro carro alegórico da Imperatriz Leopoldinense, vítimas de mal-estar. Devido às remoções e ao socorro, integrantes da escola tentaram apressar a saída do carro assim que os componentes foram resgatados, para evitar atrasos. Pessoas que desfilavam em alas também chegaram à dispersão precisando de cuidados médicos.
Minutos antes, bombeiros que atuam no sambódromo foram acionados porque começou a sair fumaça do carro alegórico que representa um navio negreiro. Os militares chegaram a pedir aos destaques que descessem da alegoria, mas eles optaram continuar desfilando.
Miudinho – A rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense, a atriz Cris Vianna, que na novela “Império” interpreta uma rainha de bateria não decepciona nos quesitos beleza física e simpatia. Ela, no entanto, é muito discreta, samba miudinho demais para a Sapucaí, sem todo o movimento necessário nos quadris.
Carnaval 2016 – Nem terminaram os desfiles deste ano na Sapucaí e o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Jorge Castanheira, já pensa em melhorar para 2016. “Vamos terminar o carnaval para fazer um balanço e aprimorar. Este ano fizemos várias mudanças, inclusive no numero de alegorias, e as escolas puderam investir mais nas fantasias, nas doações à comunidade”, avaliou o dirigente.
Sobre os problemas no sistema de som da Sapucaí ontem, que prejudicou os desfiles de Viradouro e Mangueira, ele afirmou que não acredita em perda de pontos das escolas. “A não ser que a escola tivesse parado de cantar totalmente, o que não aconteceu” disse. Ele ainda notou que o número de jurados substituídos este ano foi maior do que o normal, mas “é sempre bom dar uma renovada”.
