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Mais da metade dos novos médicos de SP é reprovada em exame

29/01/2015 16h44 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Mais da metade dos novos médicos de SP é reprovada em exame

Mais da metade dos recém-formados em medicina no Estado de São Paulo foram reprovados no exame do Conselho Regional de Medicina (Cremesp) de 2014, segundo resultados divulgados pelo órgão nesta quinta-feira, 29. Dos 2.891 egressos de escolas médicas paulistas que passaram pela prova, 55% não conseguiu atingir o porcentual mínimo de acertos, de 60%.

O índice de reprovação é levemente inferior ao do exame de 2013, quando 59% dos candidatos foram reprovados, mas ainda é considerado preocupante pelo conselho.

“É uma surpresa desagradável saber que os alunos saem da faculdade sem saber coisas básicas. E ao mesmo tempo nos dá uma sensação de impotência porque não podemos impedir que esse profissional incompetente exerça a profissão”, diz Braulio Luna Filho, presidente do Cremesp. Ele se refere ao fato de que, pela legislação brasileira, para conseguir o registro do órgão, basta que o recém-formado participe do exame, independentemente do seu desempenho.

Para o conselho, a principal causa do desempenho ruim dos egressos é a baixa qualidade da formação médica. “As escolas nem sempre têm corpo docente qualificado, hospital escola, laboratórios, biblioteca”, diz Renato Azevedo, diretor primeiro-secretário do Cremesp.

As áreas de conhecimento com o maior número de erros foi clínica médica, ciências básicas e pediatria. “São exatamente as áreas que esses novos médicos vão trabalhar quando saem da graduação. Esses profissionais mal formados geralmente não passam na prova da residência e vão atender em pronto-atendimentos ou pronto-socorros”, diz Luna Filho.

O órgão defende um exame nacional que condicione a emissão do registro ao desempenho do profissional e estuda adotar um monitoramento anual dos reprovados no exame.

Faculdades – Os alunos vindos de universidades públicas tiveram melhor desempenho no exame do que os que estudaram em escolas particulares. Enquanto no primeiro caso, o índice de reprovação foi de 33%, no segundo, chegou a 65,1%.

Das 30 escolas médicas existentes no Estado, 20 não atingiram a pontuação mínima, a maioria privada. Das dez faculdades que tiveram desempenho aceitável, sete são públicas. O Cremesp não divulga o resultado por escola.

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