Morre no Rio o diplomata e acadêmico Affonso Arinos
O acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco
morreu na manhã deste último domingo (15), em casa, aos 89 anos de idade,
vítima de problemas respiratórios. Ainda não há informações sobre o
sepultamento.
O presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marco Lucchesi, lamentou a
perda do amigo. “Perco um amigo querido. Um homem probo e severo. Um grande
brasileiro”.
E lembrou a carreira do embaixador Affonso Arinos. “Foi um memorialista de
águas cristalinas e dotado de profunda intuição”.
Carreira
Eleito em 22 de julho de 1999 para a Academia Brasileira de Letras, Affonso
Arinos de Mello Franco foi o sexto ocupante da cadeira nº 17 e sucedeu o também
diplomata e filólogo Antônio Houaiss.
O acadêmico nasceu em Belo Horizonte, em 11 de novembro de 1930. Arinos fez o
curso de bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Nacional de
Direito da Universidade do Brasil, no período de 1949 a 1953. Em 1952 completou
o curso de preparação à Carreira de Diplomata no Instituto Rio Branco, do
Ministério das Relações Exteriores, e em 1955 o curso de doutorado em Seção de
Direito Público, na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil.
A carreira de diplomata começou em 1952. Depois de entrar para a política, de
1960 a 1962 foi deputado e participou da Assembleia Constituinte e Legislativa
do Estado da Guanabara, onde, em 1961, se destacou como membro da Comissão de
Constituição e Justiça, e, em 1962, como presidente da Comissão de Educação. De
1964 a 1966 foi deputado federal pelo estado da Guanabara, e de 1965 a 1966 foi
membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
De 1964 a 1965 foi professor de Civilização Contemporânea no Departamento de
Jornalismo do Instituto Central de Letras da Universidade de Brasília. No
jornalismo foi colaborador da revista Manchete,
correspondente do Jornal do Brasil, em
Roma, colaborador da Tribuna da Imprensa,
revista Fatos e
Fotos/Gente, e da TV Educativa. Arinos
trabalhou também no Jornal do Commercio e
escreveu artigos para a revista Época, e os jornais O Metropolitano, A Noite, Correio
Braziliense, Revista Civilização Brasileira e Revista
Nacional.