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Newton defende que Mercosul avance na construção de cidadania

11/03/2014 22h23 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Newton defende que Mercosul avance na construção de cidadania

O presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, deputado federal Newton Lima (PT-SP), afirmou, nesta terça-feira, 11, que o desafio essencial do Mercosul é o de construir direitos e cidadanias comuns, para além da mera integração dos mercados. O parlamentar participou do evento “Diálogos sobre Política Externa”, que está sendo promovido pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), em Brasília, entre os dias 26 de fevereiro e 2 de abril. O encontro reúne representantes do governo e da sociedade para debater temas relevantes da política externa brasileira.

 

“Do ponto de vista comercial e econômico, o Mercosul é um sucesso. Mas é preciso superar o déficit democrático que existe desde a criação do bloco. Somente a integração construída, por assim dizer, ‘de baixo para cima’ e fundamentada nos interesses dos cidadãos de todos os Estados partes poderá superar as assimetrias e as forças centrífugas que sempre ameaçaram o Mercosul e a integração latino-americana de forma geral”, defendeu Newton Lima.

O parlamentar citou números para demonstrar o êxito do bloco nos aspectos comercial e econômico. Segundo Newton Lima, desde a criação do bloco, em 1991, as exportações dos países que compõem o bloco (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Argentina) cresceram 13 vezes. Cerca de 90% das exportações brasileiras para o Mercosul são de produtos manufaturados, enquanto que para a União Europeia, China e Estados Unidos são de 36%, 5% e 50%, respectivamente. O Brasil obteve um superávit comercial de US$ 7,6 bilhões com o bloco.

Newton Lima refutou as constantes críticas feitas ao Mercosul de que o acordo impediria maior participação dos países membros no comércio mundial. “É necessário levar em consideração que, entre 2003 e 2011, as exportações para fora do bloco foram multiplicadas por quatro, em contraste com exportações mundiais que foram multiplicadas por um fator de apenas 2,8”, explicou.

 

Também participaram do encontro acadêmicos, jornalistas, empresários, sindicalistas e representantes de movimentos sociais. Os temas debatidos farão parte da elaboração, pelo Itamaraty, de um Livro Branco da Política Externa Brasileira, que terá como objetivo registrar e divulgar os princípios, prioridades e linhas de ação da política externa, bem como estimular o debate público sobre o trabalho realizado pelo MRE.

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